Marraquexe (em berbere “Terra de Deus”) já foi capital de Marrocos.
Possui uma cidade medieval murada, conhecida como Medina (parte histórica de cidade) que é Património Mundial na Unesco. A Medina está cheia de ruas labirínticas estreitas e sinuosas, repletas de souks movimentados (mercados); mesquitas e riads (casas tradicionais com pátios interiores). As muralhas à volta da Medina têm quase 20km e ao longo delas há 20 portões e 200 torres. Perdermo-nos na Medina é parte da aventura de andar em Marraquexe!
É conhecida como a "Cidade Vermelha" por causa das suas muralhas e edifícios de arenito avermelhado. O vermelho característico da cidade é resultado do uso da argila e terra vermelha na construção – técnica tradicional na região.
É uma cidade vibrante, cheia de história, cultura e cores. É também uma cidade de contrastes, onde o antigo e o moderno se misturam de forma fascinante. Os cheiros das especiarias, os sons da música tradicional e as cores vibrantes, criam uma experiência sensorial memorável.
Por lá o árabe marroquino é a língua mais falada, mas muitos habitantes falam francês e alguns inglês.
Andei em Marraquexe dois dias e é sobre o que vi e o que fiz, que vou falar a seguir.
Tópicos deste artigo:
PRAÇA JEMAA EL FNAA
MESQUITA DE KOUTOUBIA
GALERIA DE ARTE AL KASBAH
MERCADOS DE RUA (SOUKS)
TRÂNSITO CAÓTICO
ALCÓOL/ÁGUA
Dicas e gastos
A Praça de Jamaa el Fna é a praça central de Marraquexe e o lugar mais importante da Medina. É o local onde podemos ver na sua plenitude a cultura e identidade local.
O incrível desta praça é a transformação que passa ao longo do dia.
Durante o dia...
Encontramos domadores de macacos; faquires; encantadores de serpentes; muitas barracas a vender sumos; especiarias; chás; artesanato; frutas, etc...
Durante a noite...
À noite a praça muda completamente e desaparecem os vendedores da manhã e a praça fica cheia de barracas de comida onde se pode jantar, músicos, espetáculos de diferentes estilos e vários tipos de jogos.
Esta praça é tão animada e volátil que, para perceber a transformação, devemos visitá-la de dia e de noite e parece que estamos num lugar completamente diferente.
Recomendação – Os restaurantes improvisados no meio da praça ”atacam-nos” com uma equipa de vendedores muito chatos. Alerto que a comida não vale nada, principalmente considerando o preço. Mais vale procurar restaurantes à volta da praça ou em ruas menos movimentadas.
Um lugar incrível para visitar gratuitamente. Os artigos de
decoração são muito bonitos e de alta qualidade. Parecia que estávamos num
museu.
MADRAÇA BEN YOUSSEF
Uma madraça é uma escola
muçulmana do ensino superior especializada em estudos religiosos.
A Madraça Ben Youssef foi construída
para prestar serviço aos estudantes da mesquita com o mesmo nome, que está
bastante perto. É a mais importante e a maior madraça
de Marrocos. Construída pelo pelo sultão Abdallah al-Ghalib, tem 130 quartos, que permitiram alojar cerca de 900 estudantes.
A sua arquitetura caracteriza-se pela harmoniosa integração
de vários materiais como madeiras, mármore
e azulejos de mosaico marroquino.
Hoje é um monumento histórico Património da Unesco,
símbolo da rica herança cultural e religiosa de Marrocos.
É uma das atrações mais visitadas de Marraquexe.
Pagámos 5€/pessoa. Para mim é um dos lugares mais bonitos da cidade. Muito bem preservado e vale a pena um passeio sem
pressa para apreciar cada detalhe.
SINAGOGA SLAT EL-AZAMA
PALÁCIO BAHIA
É uma das atrações mais populares de Marraquexe, mas depois de ler várias opiniões a dizer que o preço era excessivo para o que veríamos, decidimos não visitar.
Assim ficará ao critério de cada um visitá-lo ou não. Mas achei que devia falar nele até porque as opiniões não se discutem e o que para alguns não vale a pena, para outros pode valer a pena. Por exemplo li opiniões como: ” os quartos estão vazios e sem mobiliário” ou ”a beleza da arquitetura e a grandiosidade impressionam”. Conclui-se mais uma vez que é sempre difícil agradar a gregos e a troianos.
No centro da cidade, o tipo de hospedagem mais comum é o Riad. É uma casa ou palácio tradicional e lá
dentro tem um jardim e/ou pátio central sem telhado. Não têm janelas para a rua,
como nas casas que estamos acostumados a ver, mas o espaço central permite a
circulação do ar e deixa temperatura amena.
Na nossa estadia em Marrocos ficámos em 3 Riads diferentes. Todos
eles eram simples, mas limpos e com típicos pequenos almoços.
Em alguns Riads, os pátios contam mesmo com uma fonte ou uma piscina. Apesar de existirem hotéis na cidade, ficar num Riad faz parte da experiência de Marraquexe.
MERCADOS DE RUA (SOUKS)
Os Souks são os tradicionais mercados tradicionais
árabes que ficam dentro da Medina, em becos e ruelas apertadas que fazem do
local um grande labirinto onde tudo é transportado com a
ajuda de burros, carrinhos de mão, bicicletas ou motos.
São um dos mais famosos pontos turísticos de Marraquexe.
Famosos
pelas cores e cheiros, é onde se vende de tudo, roupas, acessórios,
artigos para casa, prataria, comida, especiarias, produtos de beleza, cada
segmento separado em diferentes souks.
Os produtos não têm preço fixo e temos sempre de negociar os
preços.
Eu adorei os produtos, as cores, os cheiros (alguns), a
movimentação, mas ao fim de 2-3horas a andar por lá, comecei a ficar cansada
fisicamente e até emocionalmente. Não sou dada a comprar o que não me faz falta
e ser pressionada para o fazer, deixa-me desgastada.
Dentro dos souks, podemos ver alguns artesãos a trabalhar mesmo à
nossa frente, com o couro, as lãs, metais e joalharia.



Os Marroquinos são apaixonados por chá e há para todos os gostos. Estima-se que o país seja
o maior importador de chá chinês do mundo.
O mais popular é o chá de menta feito com chá
verde, menta fresca e é servido com grandes quantidades de açúcar (eu pedia sempre sem açúcar
para não ser tão doce).
Os marroquinos têm o hábito de ingerir a bebida antes e depois das
refeições.
As mulheres já começaram a ter um papel ativo na
sociedade. Nas grandes cidades algumas mulheres trabalham em farmácias,
supermercados, hotéis e lojas de roupa, mas mesmo assim a maioria que vimos a
trabalhar, são homens. No interior rural de Marrocos é
raro ver mulheres a trabalhar. A nossa guia da excursão ao deserto era berberie
(povo indígena no Norte de África) e disse-me que fora da cidade dificilmente
teria oportunidade de trabalhar.
Em Marrocos, as mulheres podem conduzir
desde 1989.
A burca, ou véu islâmico que cobre totalmente o rosto, está
proibida em locais públicos desde 2011, mas mesmo assim vimos algumas mulheres que cobriam totalmente o rosto.
O uso de lenço (hijab) na cabeça
pelas mulheres é uma prática cultural e religiosa. Muitas mulheres usam o
hijab por opção, não por imposição, que pode acontecer em algumas áreas mais
conservadoras.
Para quem gosta de comida bem temperada, em Marrocos vai encontrar essa comida. Não é para todos os gostos, mas pessoalmente do tradicional que comi, gostei dos sabores/temperos.
Fomos parando pelas ruas para almoçar/jantar, mas não fomos aos restaurantes mais conhecidos que eram caros. Experimentámos refeições típicas como: Tangine; Cuscus: Tangia; Costeletas de borrego, bolo de coco… Tudo saboroso, mas é necessário pedir sem picante para não termos desgostos, como foi o meu caso. Comemos por cerca de 6€/pessoa.
Fui consultando as ementas à saída dos restaurantes e as ementas eram todas muito parecidas e sempre com os mesmos pratos.
Por lá, comer com as mãos é um hábito muito comum e o correto é usar sempre a mão direita. No fim das refeições, é habitual beberem um chá.
O pão é um alimento muito respeitado no país e também consumido por muitas famílias. Em Marrocos é proibido deitar o pão fora sendo as sobras utilizadas para alimentar o gado do país. As famílias que não têm gado trocam os restos de pão por detergente ou outros produtos.
Marrocos é um país muito diferente da Europa e muito
rico em cultura. Reflete uma mistura de
influências árabes, berberes e europeias. Essa combinação resultou numa
identidade cultural com expressões únicas em vários aspectos da vida, como a
culinária, a arte, a música, as festas e os costumes. Alguns exemplos:
As rezas são uma das manifestações culturais mais
estranhas que vi em Marraquexe, pois 5 vezes por dia,
todos os dias da semana os marroquinos na generalidade param para rezar. A
chamada é feita pelos altifalantes das torres das mesquitas, com o objetivo de
chamar apenas os homens para rezarem dentro delas.
Ao caminhar pelas ruas marroquinas, há
muitos gatos por
toda parte, mas quase nenhum cão. Isso acontece porque, no islamismo, os cães
são considerados impuros, então poucas pessoas os criam como animais de
estimação. Já os gatos são
bem-vindos pois são vistos como animais limpos.
Vimos homens marroquinos a passear de mãos dadas. Isto é considerado um símbolo de amizade. Também vimos homens a dar beijos na cara uns aos outros que é uma forma de cumprimento, sinal de afeto e respeito e demonstração de amizade.
As medinas, palácios ou Riads, são um paraíso para os
admiradores de arquitetura. Por todo o lado encontramos antigos portões,
portas e janelas, degraus coloridos, mesquitas e palácios, e uma belíssima
variedade de azulejos. É um regalo para os olhos.


As ruas por Marraquexe são bastante sujas e é raro ver um caixote do lixo, muito menos ver reciclagem. Cheguei a andar com uma garrafa de água vazia mais de uma hora sem encontrar um único caixote do lixo.
Alguns Riads e hotéis possuem umas tampas especiais para os ralos dos duches para
evitar o mal cheiro.
A falta de educação das pessoas é chocante. Vi muita
gente a atirar lixo para o chão só porque sim. É difícil de entender que
pessoas que dependem tanto do turismo, não se importam em cuidar do meio
ambiente. É muito triste.
Os Marroquinos são bastante chatos e estão constantemente
a assediar os turistas para comprar alguma coisa, para dar informações em troca
de dinheiro, para tirar fotos em troca de dinheiro etc...
TRÂNSITO CAÓTICO
Acho que o que mais chamou a nossa atenção em Marrakech foi o trânsito. As ruas da parte antiga da cidade são muito estreitas não existindo passeio para os pedestres, então andamos junto com as motos, sempre com muito cuidado para não sermos pisados por uma delas.
Se quisermos atravessar a rua mesmo nas passadeiras, raramente
param para passarmos e temos de correr bastante se não queremos ser atropelados.
Nós quase fomos atropelados mas incrivelmente não vimos nenhum acidente. Na
praça principal da cidade, Praça Jemaa El Fna, não
dá para perceber o que é rua e o que é praça, é uma autêntica confusão.


ALCÓOL/ÁGUA
Os marroquinos são grandes produtores de vinhos e cervejas, mas o
seu consumo é proibido para os muçulmanos.
Por isso a produção é para exportação ou para hotéis frequentados por turistas.
Não é fácil encontrar álcool no país e quando encontramos a bebida
é muito cara.
A venda é permitida a turistas até às 19h, mas é proibido mostrar
bebidas pela rua.
É recomendável beber apenas água engarrafada. Encontramos garrafas
de água em qualquer esquina bastante baratas.
Dicas e
gastos:
Aeroporto/ centro da cidade –
Comprámos o voo de ida e volta à Easyjet de Lisboa para
Marraquexe que nos custou 97€/pessoa.
Saindo de Portugal, desembarcamos no
aeroporto de Marraquexe – Menara, que fica a 8Km do centro da cidade.
Assim que chegamos ao aeroporto
devemos: Passar no Passaport Control onde pedem a morada onde vamos ficar;
Recolher a bagagem (se houver); Trocar algum dinheiro numa casa de
câmbio; Comprar um cartão de internet; Apanhar o táxi ou autocarro
para o hotel.
No nosso caso apanhámos sempre o autocarro (linha 19) que era a opção mais económica.
A paragem fica situada à saída do terminal de chegadas
e operam entre as 06h30 e as 23h30,
saindo a cada 30 minutos. Esta linha liga o aeroporto à praça Jemaa el-Fna, no
coração da cidade. Pagámos em dinheiro 3€/pessoa, por um percurso de 20min.
Dica adicional:
Tentar sair rápido do avião para chegar ao Passaport control, pois quer na ida
como no regresso a confusão é grande e o processo demorado.
Caso se chegue a Marraquexe fora do horário de funcionamento do autocarro, podemos recorrer a um táxi. À saída do aeroporto existe um balcão de pedido de táxis, com preço fixo de acordo com as diferentes zonas da cidade. Basta pedir o táxi, efectuar o pagamento no balcão, e esperar depois que seja atribuído um condutor. Pelo trajecto de táxi até à Medina, o valor anda entre os 8€ e os 15€, dependendo do destino e da hora da viagem. A nós, às 23h, pediram-nos 22€.
Melhor época para visitar – A primavera
(abril a maio) e o outono (setembro a novembro) são as melhores épocas para
passear por Marrocos, com temperaturas
agradáveis e menos calor intenso do verão. O verão (julho e agosto) pode ser
bom para quem quer fazer praia nas zonas costeiras, mas as temperaturas no
interior e no deserto são muito elevadas. Fui em Maio e mesmo assim apanhei
dias bastante quentes.
Alojamentos - Reservei 3 riades e um hotel pelo Booking que custaram em média 42€/noite.
Transportes – Para além do autocarro que nos levou ao centro da cidade, alugámos um carro 3 dias pela plataforma Enjoytravel à companhia Optimo rent que nos custou 18,60€/dia. O carro permitiu-nos conhecer Casablanca; Rabat e as zonas costeiras adjacentes a estas cidades. Correu muito bem, por isso, só posso recomendar.
Respeito Cultural - Devemos
comer com a mão direita e evitar a mão esquerda. A roupa deve ser discreta e
cobrir os ombros e joelhos, em locais religiosos. O Islamismo é a religião
predominante e a entrada em mesquitas é restrita a muçulmanos.
Internet - Logo a seguir ao controlo de Passaportes, encontramos as lojas das três grandes companhias de telecomunicações no país: INWI, Orange e Maroc Telecom Nós comprámos um cartão de internet Orange 40G ilimitada para 30 dias que nos custou 20€. Era a opção mais barata mas não tivemos grande cobertura por isso não sei se as opções mais caras serão melhores.
Pagamentos – Em
Marrocos, a moeda oficial é o Dirham Marroquino (MAD), mas também é comum
encontrar pagamentos em Euros, especialmente em locais turísticos. Para
pequenas compras e mercados locais, é preferível ter Dirhams, pois alguns
estabelecimentos não aceitam cartões de crédito ou débito.
Em Marrocos há muitos locais com ATMs que permitem
levantar Dirhams. É uma opção útil para evitar andar com grandes quantias de
dinheiro, mas é importante estar ciente que há taxas cobradas por cada vez que
levantamos dinheiro, além das taxas do nosso banco. Para minimizar custos,
recomendo levantar valores maiores, reduzindo a quantidade de transações e,
consequentemente, o pagamento de múltiplas taxas. Nós usámos várias vezes o
revolut que também ajuda a reduzir as taxas.
Também levámos euros e trocamos uma parte no aeroporto. As cotações que encontramos foram em média 1€ – 10.35dh, mas em algumas lojas eles aceitavam euros com a cotação de 1€-10 dh.
Tomadas - Os pinos dos nossos carregadores encaixam nas tomadas deles.
Roaming - Uma das primeiras coisas a fazer antes de levantar voo é bloquear o roaming para não ter desagradável surpresa no destino. Na Albania esqueci-me de o fazer e por lapso assim que liguei os dados móveis a Meo cobrou-me 60€!!!.
Vacinas - Para os portugueses não são obrigatórias vacinas.
Visto - Cidadãos portugueses não precisam de visto para visitar Marrocos em estadias até 90 dias.
Seguro - O seguro de viagem não é obrigatório para entrar em Marrocos. No entanto, é fortemente recomendado e pode ajudar a evitar gastos imprevistos. Eu fiz seguro pela Belt (Plano Gold) por 17,20/€pessoa, 5 dias, pois era a que tinha melhor preço e condições que encontrei na altura, mas como não necessitei de usar, prefiro não recomendar.
Parque aeroporto de Lisboa - Quando comprei os bilhetes de avião para Marraquexe, fiz reserva na mesma altura de parque de estacionamento em Lisboa para o carro que deixaríamos lá durante 5 dias. Normalmente uso comparadores de preços como "https://www.looking4.com/" ou "https://www.parkivado.pt/". Acabámos por reservar pelo Parkivado por um valor de cerca de 5€/dia.
Segurança - Achei Marraquexe extremamente segura. Segundo o dono de um dos nossos Riads, a segurança é um dos pontos altos do país.
A não perder - Aproveite para fazer uma excursão ao deserto
Agafay que fica bem perto de Marraquexe. Aproveitámos uma promoção do Booking
por 15€/pessoa e onde fizemos passeio de moto4 com a duração de mais de uma hora; passeio de
camelo e jantar com direito a espetáculo. Foi uma excursão muito divertida,
por pouco dinheiro e que valeu muito a pena. Vou falar desta excursão no
próximo post.
***
Irlanda: Dublin; Belfast
Islândia: Guia de Autocaravana; O melhor da Islândia
Itália: Milão; Florença; Veneza; Verona; Siena; Pisa; Roma; Puglia; Bari; Bolonha
Luxemburgo: Cidade de Luxemburgo
Malta: Cidades; Praias ; Comino
Montenegro: Roteiro
Países Baixos: Amesterdão
República Checa: Praga; Brno; Ceske Budejovice; Cesky Krumlov
Turquia: Istambul
ÁSIA:
Jordânia: Roteiro
Tailândia: Chiang Rai; Chiang Mai; Bangkok; Bangkok fora da cidade; Krabi; Phi Phi
ÁFRICA:
São Tomé: Roteiro
Marrocos: Marraquexe
AMÉRICA CENTRAL:
AMÉRICA SUL:
Brasil: Salvador da Bahia; Morro de São Paulo
Se gosta de praia, então os seguintes posts podem ajudar a escolher:
Ilhas Baleares Espanholas: Palma de Maiorca; Ibiza; Formentera; Menorca
Ilhas Canárias Espanholas:
Gran Canaria - Roteiro de 3 dias * Barranco de las Vacas * Terror; Firgas; Arucas; Aguimes; Mogan; Las Palmas
Lanzarote - Parque Timanfaya; Roteiro de 3 dias
Tenerife - Santa Cruz; Garachico; Orotava; Puerto de la Cruz; La Laguna
Ilha Italiana: Sardenha
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