sábado, 25 de fevereiro de 2017

LONDRES em 3 dias


No dia 7 de Dezembro de 2016 voámos até Londres e ficámos alojados em casa duns amigos em Stratford.

Para ir para Londres e andar por lá, usámos o metro como meio de transporte. Comprámos lá um carrinho de bebé que ajudou muitíssimo na deslocação do Alex.

Começámos o nosso passeio numa quinta-feira, chegando ao museu da Madame Tusseauds às 8h45m.

Fomos os primeiros da fila, mas quando saímos às 11h a fila para entrar era enorme, por isso recomendo comprar o bilhete na internet e chegar o mais cedo possível.



Lá dentro, precisamos cerca de 1h30m para ver tudo com calma.

O Museu de Madame Tusseaud  é o museu de cera mais famoso do mundo e parece-me um ponto turístico obrigatório em Londres. É realmente muito engraçado ver tantas figuras conhecidas que parecem pessoas verdadeiras - os pormenores são absolutamente incríveis. Um boneco de cera leva meses a ficar pronto, custa cerca de 150 mil libras e envolve o trabalho de 20 artistas. O maior boneco que têm é o Hulk, com 4,5m de altura.

Não se pode dizer que todos os bonecos são réplicas perfeitas, mas grande parte deles são de tal maneira perfeitas que nos enganam.









Houve uma situação em que o Alex não saía da frente duma senhora que estava a tirar fotos a um boneco de cera e ele pensava que era a ele que a senhora estava a tirar fotos e só depois de eu lhe ter chamado a atenção para sair da frente, é que reparei que a fotógrafa também era um boneco de cera. Foi uma risada, afinal de contas, não foi só o Alex que foi enganado!

O museu de cera é enorme com diversas exposições onde é permitido tirar fotos e interagir com as figuras. As várias exposições são por exemplo a festa VIP com muitos actores conhecidos (Leonardo DiCaprio, Morgan Freeman; Nicole Kidman, Brad Pitt, Angelina Jolie, etc), depois passamos para a zona do desporto onde vemos figuras de grandes desportistas (Pele, Ronaldo, Tiger Woods, Usain Bolt, etc). Em seguida vimos líderes mundiais (Barack Obama, Margaret Tatcher, Winston Churchill, Nicolas Sarkozy, Ronald Reagan, Tony Blair, etc), passamos também por uma área de cinema antigo com figuras da história (Marilyn Monroe, Elvis Presley, Beatles, Charlie Chaplin, Arnold Schwarzenegger, etc) e tem também uma exposição da Star Wars.




Por fim, assistimos a um divertido filme 4D com super heróis da Marvel que unem as suas forças contra o mal. É muito bom para as crianças que não conhecem os famosos do museu.



Depois do museu apanhámos o metro até ao mercado Portobello Road Market, que é um dos mercados de rua mais conhecidos do mundo, talvez por passar no meio de Notting Hill (famoso por causa do filme). É um lugar cheio de vida e muito colorido com prédios de diversas cores.

Voltámos a apanhar o metro até Piccadilly Circus, que tem fama por causa dos painéis publicitários gigantes e da estátua de Eros, um anjo construído totalmente de alumínio.


 


A partir daqui passeámos pela cidade passando por algumas das lojas de marca mais famosas do mundo e apreciando a arquitectura da cidade e a luzes de Natal.

Passámos pela Chinatown (rua onde tudo é oriental).





Chegámos até Trafalgar Square, que é um espaço aberto rodeado por prédios históricos e onde ocorrem muitos eventos públicos importantes. A praça faz homenagem à vitória britânica na batalha naval de Trafalgar (1805) comandada pelo Lord Nelson. No centro fica a Coluna de Nelson com 56m de altura.




Entre Piccadilly Circus e Leicester Square encontramos a loja dos M&M’s, que é uma loja enorme com 3 andares, muito colorida e alegre com paredes cheias de todo o tipo de M&M’s, onde podemos fazer as mais diversas conjugações, com e sem amendoim e de várias cores e sabores, uma delícia que fica dispendiosa para os gulosos - 100g de M&M’s custam cerca de 2 libras e o problema é que a variedade é tanta que apetece experimentar um pouco de cada.  Tem também uma enorme diversidade de artigos da marca M&M’s para quem quer levar lembranças da loja.




Em seguida,  passámos por mais um mercado.


Vimos o edifício dedicado ao Harry Potter.




Para terminar o primeiro dia em Londres, fomos ao incrível museu Ripleys’s Believe it or not. Já tínhamos o bilhete comprado pela internet que nos tinha custado 17€/pessoa, por irmos num horário a partir das 17h. Se fossemos em horário normal o preço seria de 27 libras/pessoa. Havia pouca gente e não apanhámos filas, por isso parece-me que fizemos uma boa opção. É um museu curioso onde nos maravilhamos perante uma colecção original de objectos oriundos de vários locais do mundo e grande parte deles foram adquiridos pelo americano Robert Riply, daí o nome do museu. Neste museu podemos ver por exemplo o homem mais alto e o mais pequeno do mundo, o homem com o maior nariz e a mulher com o beiço maior do mundo, o homem que não tinha pernas e se movia com as mãos, a mulher mais tatuada do mundo, animais com duas cabeças ou pernas a mais, quadros feitos com objectos originais, etc.
Pelo meio do museu passámos por um jogo de espelhos onde tínhamos que descobrir a saída. Como estávamos sozinhos foi uma risota total, porque quando pensávamos que o caminho era aquele, batíamos contra os espelhos. Como o Alex ia à frente delirou quando viu que tinha sido ele a descobrir a saída. Mais tarde voltámos a ter espelhos no Shrek e no London Dungeon com muito mais gente e a piada já não foi a mesma.
Mas houve uma coisa que me deixou literalmente de boca aberta. Há um escultor (Willard Wigan) especializado em esculturas microscópicas, o que faz com que só consigamos ver as figuras que faz se espreitarmos no microscópio. É absolutamente incrível. Vemos figuras dentro dum buraco duma agulha por exemplo. O espaço no museu que lhe é dedicado tem inclusivamente um filme onde o podemos ver a fazer as esculturas. Para confeccioná-las, Widgan tem que reduzir a respiração e as batidas do seu coração com a ajuda de uma técnica especial de meditação. Os materiais usados nas esculturas vão desde fios de náilon, até teias de aranha, grãos de ouro e de areia.











Abaixo vemos um quadro feito de caricas, outro de dominó e outro de pintarolas.  



























No dia seguinte, acordámos cedo e apanhámos o metro até à zona do Hyde Park. Apesar das árvores já estarem completamente despidas de folhas, ainda conseguimos encontrar alguns esquilos. Eles vivem lá e saltitam alegremente pelas árvores e pelo chão. Foi uma alegria para o Alex e para nós.




Já a sul de Hyde Park, passámos pelo Arco de Wellington, também conhecido como Arco da Constituição ou Arco de Green Park, construído para comemorar as vitórias britânicas nas guerras Napoleónicas.





Chegámos ao Buckingham Palace, que é o palácio da rainha Elisabeth II. 
Em frente ao palácio há um monumento em homenagem à Rainha Vitória.




Continuámos caminho pela avenida The Mall em frente ao Palácio  em direção à Trafalgar Square e passámos  pelo parque St James (é o mais antigo dos parques Reais de Londres) e parámos na Horse Guards Road, onde assistimos a uma cerimónia de troca de guarda.







Passámos pelo Marble Arch, que é um monumento de mármore de três arcos arquitectado para ser uma passagem ao Palácio de Buckingham.


Continuámos a caminhada até chegar ao Big Ben /Torre do Relógio (denominada Elizabeth Tower desde 2012 em homenagem aos 60 anos de reinado de Elizabeth II). Embora muitos pensem que Big Ben é o nome dado ao relógio ou à torre onde está o relógio, o Big Ben é, na verdade, um sino de 13 ton e mais de 150 anos, que fica dentro da torre.




Ligado à torre está o Palácio de Westminster (também designado casa do Parlamento e declarado Património Mundial), onde estão instaladas a Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns.
O palácio tem mais de 1000 quartos e é um dos maiores Parlamentos do mundo, o que faz dele um dos edifícios mais famosos do planeta.
A riqueza dos detalhes de construção impressionam, assim como o seu tamanho. Nas fotografias não conseguimos ter a noção da dimensão do palácio.
Não entramos para visitar, porque o palácio só pode ser visitado em Agosto e o Big Ben só pode ser visitado pelos londrinos.







Seguimos para a Abadia de Westminster, que é a igreja mais importante de Londres, onde são realizadas as coroações do Rei/Rainha de Inglaterra. Não entrámos, mas dizem que vale a pena visitar, mas está claro que em 3 dias não podemos ver tudo e temos que fazer opções.


O Palácio de Westminster fica situado próximo do rio Tamisa, e da ponte temos uma bela vista para o London Eye.
Por curiosidade o rio Tamisa é o rio que passa numa cidade mais limpo e mais bem tratado do mundo, mas há mais de 100 anos já foi tão poluído que lhe chamavam o grande fedor.





O London Eye possui 32 cabines que representam os 32 distritos de Londres, cada um tem capacidade para 25 pessoas o que permite que as grandes filas andem depressa. Faz a volta completa em cerca de 30 minutos e anda tão devagar que parece que vamos parados. Lá em cima, temos a vista sobre a cidade e nós tivemos sorte porque apanhámos um dia de sol e céu azul.
No fim, tivemos direito a assistir a um filme 4D com imagens aéreas de Londres e alguns efeitos especiais. O filme tem uma duração de 5min e pode ser visto antes ou depois de andar no London Eye.
Quando planeámos a visita a Londres, tínhamos 2 atracções que queríamos fazer, que era ir ao Madame Tusseau e andar na London Eye.
Quando andei a ver os preços na Internet, percebi que se víssemos 4 atracções do grupo e comprássemos o bilhete Combo, ficaria muito mais barato do que comprar apenas duas atracções.
Para dar o exemplo, na bilheteira os preços de cada atracção são de 35 libras/pessoa, na internet são de 22libras/pessoa e nós comprámos 4 atracções por 55libras/pessoa.
Assim, como íamos com o Alex, decidimos visitar também o Shrek e o Dungeon London. Recomendo as duas atracções apenas àqueles que percebem bem inglês, pois ambos contam histórias e não sabendo Inglês é normal que não ache piada a nenhuma delas. Tivemos sorte porque não tinham filas para entrar e conseguimos  ver o Shrek e o London Dungeon em 3 horas (Cerca de 1h30 cada uma delas).
Todas as atracções ficam muito próximas o que permite rentabilizar o tempo.
O Shrek tem a particularidade de ter cenários lindíssimos, com vários efeitos especiais e assistirmos a um filme 4D onde estamos sentados num autocarro com um ecrã quase de 360º que nos dá a sensação que estarmos no local do filme.








No London Dungeon ficamos a conhecer um pouco melhor as histórias mais tenebrosas de Londres (incêndio de Londres, barbeiro da rua fleet, Jack o estripador, Bloody Mary,  peste negra,etc) teatradas em vários cenários sombrios.  Escolheram o Alex para ser um réu no tribunal acusado de roubar as carteiras das senhoras e a pena foi cortarem-lhe os dedos das mãos! 
O Alex mesmo não percebendo de Inglês gostou na mesma, por isso não me arrependo da escolha.
Quando saímos já começava a ser de noite e tínhamos uma bela vista para o Big Ben iluminado.

Depois do Dungeon London, fizemos uma longa caminhada para visitar St.Paul’s Catedral que é a sede do Bispo de Londres e onde foi o casamento da princesa Diana com o príncipe Carlos.  A entrada custa 16 libras/pessoa mas como chegámos à hora da missa (17h), conseguimos ver a cúpula que é uma das maiores do mundo, sem termos que pagar nada.  É de facto uma catedral muito bonita que impõe respeito.




.Continuámos a caminhada até à ponte com as torres de Londres (Tower Bridge), que são muito bonitas de ver à noite por estarem iluminadas. 
É de notar que a ponte London Bridge é muito confundida com a ponte Tower Bridge. Nós inclusivamente fomos enganados porque perguntávamos pela ponte de Londres e mandavam-nos para London Bridge em vez da Tower Bridge que era o que queríamos.
Da ponte temos vista também para o “Shard “que é um arranha-céus em forma de pirâmide que é considerado o edifício mais alto da Europa desde 2011.
Próximo das torres vemos um edifício que parece um ovo torto, é o City Hall. A forma do edifício está relacionada com a eficiência energética.

Como as pernas já pesavam demos os dia de visitas por terminado.


No Sábado, tirámos a manhã para visitar 3 museus gratuitos localizados na rua South Kensington. São eles o Museu de História Natural, o Museu de Ciências e o Victoria & Albert Museum.
Quando chegámos ao museu de história, ainda não tinha aberto e a fila era escandalosamente grande. Mas a verdade é que em 30min estávamos lá dentro.  Este museu é tão grande que entram lá imensas pessoas duma só vez.  A entrada é lindíssima e o próprio edifício parece uma obra de arte que vale bem a pena a visita. É um museu dedicado a todos os que são amantes da natureza, botânica e paleontologia, com uma imensidão de animais, plantas, fósseis e esqueletos e com exposições sobre a Terra e a sua evolução. Uma riqueza enorme para os londrinos.
Precisamos de umas 2h para visitar tudo e é importante recolher um mapa na entrada para não nos perdermos lá dentro. Como já era Dezembro tinha cá fora uma pista de patinação (a pagar!).
 








Já no museu da ciência vimos astronautas, carros antigos, mísseis, experiências, objectos antigos e muita história mundial. Tem muito que ver e para ver tudo com calma é preciso no mínimo 2h.




Passámos para  o Museu Victoria & Alberts, que segundo consta é o maior museu de artes decorativas e design do mundo. Nele podemos ver as mais variadas peças de cerâmica, jóias, moda, fotografia, escultura e pinturas.  Tem um café lá dentro que é absolutamente deslumbrante.
   


 
Depois dos museus, almoçámos num pequeno restaurante onde comemos o típico fish and chips (Bacalhau fresco panado e frito, servido com batata frita grossa e puré de ervilha). Por curiosidade posso dizer que a dose custou 12€ e uma cerveja custou 6€ (Foi a cerveja mais cara que o Miguel bebeu até hoje!). Eu bebi água oferecida pelo restaurante.


Abaixo vemos o Royal Albert Hall que é um salão de espectáculos em South Kensington, com capacidade para cerca de 6.000 pessoas.
 

O monumento abaixo foi construído em memória do príncipe Alberto que morreu de febre tifóide.
De seguida, fomos fazer uma visita a Harrods, que é um dos centros comerciais mais luxuosos do mundo. É de facto um centro comercial enorme com imensos andares e artigos de luxo. Vale a pena a visita turística mesmo não comprando nada, porque  tem uma decoração de luxo com estátuas, fontes e salas decoradas com diferentes temas.
Por fora Harrods estava muito bonito com a iluminação de Natal.




Quando saímos a ideia era ir até ao parque de diversões de Natal no Hyde Park, mas quando lá chegámos a fila para entrar era tão grande, que perdemos a coragem e decidimos ir conhecer o pequeno mercado  Borough market, onde aproveitamos para adoçar a boca com uns deliciosos bolinhos coloridos (Macarons).


E assim demos por terminada a nossa visita a Londres. 


Apenas um à parte para aqueles que têm filhos e duvidas se devem fazer férias em Londres com crianças por acharem que serão umas férias cansativas para elas.  É claro que há sempre partes cansativas, mas todos os passeios podem ser moldados às crianças que levamos. Por exemplo, nós que moramos perto duma vila, onde o único meio de transporte que se usa é o carro e a bicicleta, só o facto de termos andado de avião, autocarro, metro e comboio, foi por si um divertimento para o Alex.
Temos que ter o cuidado de intercalar o que pode ser mais aborrecido, com o que pode ser mais divertido a assim trazemos crianças de férias muito entusiasmadas a falar do que viram e fizeram.
Levar as crianças é uma maneira de alargar o horizonte deles e de aproveitar ainda mais os momentos familiares.