Zanzibar é
um arquipélago formado por 2 ilhas da Tanzânia. A ilha
principal é Zanzibar e a 2ª é Pemba. Fica a 15-20 minutos de avião da maior
cidade do país, Dar-Es-Salaam.
A capital de
Zanzibar é Stone Town, a maior cidade da ilha.
Os idiomas
locais são o inglês e o suaíli. A moeda do país é o xelim tanzaniano. Mas o
dólar e euro são aceites em todos os lugares.
Reza a história que Vasco da
Gama visitou a ilha em 1498 e nessa altura, importava-se cerâmica do golfo
pérsico e rapidamente se tornaria uma base para mercadores árabes. Os
portugueses acabaram por estabelecer um entreposto comercial, dominando o
território durante 2 séculos.
Entre 1890 e 1963, Zanzibar foi um estado protegido pela Inglaterra, mas obteve
a independência e tornou-se uma monarquia constitucional em 1963.
Há uma frase que os habitantes de Zanzibar estão sempre a dizer que define este povo: Hakuna matata, que é o mesmo que dizer "não de preocupe" ou "tranquilo" que demonstra bem o estilo de vida descontraído e sem stress. É um povo feliz e embora pobres não se queixam...
Como
tínhamos apenas 7 dias para andar pela ilha escolhemos alojamentos em 4 regiões
distintas e considero que foi uma excelente opção, que não mudaria se voltasse a
fazê-lo.
Voámos de
Istambul para Dar-Es-Salaam na Tânzania. Aterrámos no terminal 3 e fomos até ao
terminal 1 para apanhar um voo doméstico pela Precision Air. O voo interno foi comprado
pela internet antecipadamente e custou-nos 70€/pessoa ida e volta. O mesmo valor que teríamos pago se optássemos por ir de barco.
Chegámos
a Zanzibar às 8h da manhã de um domingo. Ainda no aeroporto trocámos 300Euro
para xelins (éramos 4 pessoas) e deram-nos 846000xelins!!!. Comprámos um cartão
de internet por 25€ e 4 Gigas. Também levantámos o jipe que tínhamos alugado
previamente a uma companhia local (Zanzibarcars Rentals) e que nos ficou por
32€/dia.
Tópicos deste artigo:
DIA 1 – JAMBIANI, KIZIMKAZI MKUNGUNI
DIA 2 – PAGE; PINGWE
DIA 3 – KIWENGWA, PONGWE, MATEMWE
DIA 4 – MNEMBA ISLAND
DIA 5 – NUNGWI
DIA 6 – KENDWA
DIA 7 – STONE TOWN
Dicas
DIA 1 - JAMBIANI, KIZIMKAZI MKUNGUNI
JAMBIANI
Já com o jipe, seguimos diretos para Jambiani onde tínhamos o nosso primeiro alojamento (Warm Swahili blissfulness villas). O quarto alugado era agradável, muito simples, tinha um bom pequeno almoço e ficou-nos 32€/noite.
No dia em que chegámos, a maré estava tão baixa que podíamos caminhar 1km mar a dentro sem ver quase água nenhuma. É um fenómeno tão raro que acaba por ser um espetáculo digno de se ver!!!
Junto à praia há diversos hotéis, bares e restaurantes.
No areal de perder de vista, vemos crianças a brincar, mulheres a apanhar algas utilizadas na cosmética e homens em canoas que acompanham os turistas para mergulhar nos recifes.
É uma praia muito tranquila, com poucos turistas no mês de fevereiro.
A água ao longe era transparente e quente (à volta dos 27 graus).
Quando saímos fomos abordados por uns rapazes vestidos de massai que nos queriam vender umas pulseiras. É gente simpática e não são demasiado chatos.
Almoçámos no restaurante ao lado do nosso alojamento “Jiwe's Swahili Kitchen” onde comemos bem por 8€/pessoa (foi a refeição mais cara que fizemos em toda a ilha!).
Pelo caminho parámos junto a uma Baobá, que é uma árvore tropical gigantesca e que impunha respeito. Pediram-nos 2000xelins (0,70€/pessoa) para subir à árvore, mas não o fizemos.
KIZIMKAZI MKUNGUNI
É uma praia
pequena, mas muito agradável. A temperatura da água estava maravilhosa e deu
para aproveitar o fim do dia da melhor maneira. É uma praia tranquila e sem apoios, ou seja, sem bares, restaurantes, cafés, nada...É um paraíso escondido...
O único senão, é o caminho que leva até lá, que está em muito mau estado e por isso, é muito cansativo lá chegar.
DIA 2 – PAGE;
PINGWE
PAGE
Paje está localizada a leste do arquipélago de Zanzibar. Ela tem
muitos km de areia branca e fina, que a tornam uma das mais longas praias da
ilha.
Há quem diga que é a melhor e mais bonita praia de Zanzibar, mas eu não posso dizer o mesmo, porque só ficámos um dia e quase não vimos o mar. A maré de manhã ainda estava baixa e o facto de não haver água dá a estas praias um aspeto sujo, com muitas algas e pedaços de madeira.
Outro aspecto menos agradável é que quando a maré está muito baixa, praticamente não conseguimos tomar banho e não é ideal para colocar uma toalha
e apanhar sol, pois a areia está molhada, daí que aconselho a quem visitar esta
praia, considere o horário da sua visita e a variação da maré. Também aconselho
a ficar mais dias alojados no Norte, onde as marés são menos acentuadas.
PINGWE
Na praia Pingwe existe o famoso
restaurante The Rock que é o restaurante mais famoso da ilha, que fica num
rochedo no meio do mar. Como a maré estava baixa não vimos água à volta do
restaurante, mas na maré alta a água rodeia-o. O lugar é muito fotogénico e
tive pena de não ver o restaurante rodeado de água, mas a maré alta ainda demorava e
nós tínhamos de continuar caminho até ao centro da ilha.
Para quem andar por aqui mais dias,
há excursões com mergulho onde se veem corais coloridos (segundo li é a zona da
ilha onde os corais são mais coloridos!).
DIA 3 – KIWENGWA, PONGWE, MATEMWE
KIWENGWA
Confesso que fiquei desiludida quando cheguei a esta praia e vi que também era muito afetada pelo fenómeno das marés. As algas na praia, faz a sua beleza desvanecer e as fotos demonstram bem o que estou a falar.
Os Massai estão sempre presentes, mas nunca são rudes ou insistentes.
PONGWE, MATEMWE
Fomos
conhecer as praias ao lado de kiwengwa. Segundo li, são praias habitualmente paradisíacas,
mas por causa da maré que levou as algas e do tempo que estava chuvoso, estas praias não tinham a beleza que era suposto terem.
A água
nesta zona é incrivelmente quente (à volta de 28 a 30 Graus).
DIA 4 – MNEMBA ISLAND
Um nativo na praia Kiwengwa, convenceu-nos a fazer um passeio de barco, com mergulho, observação de peixes/corais, banho num banco de areia, visualização golfinhos e almoço incluído, tudo negociado por 30€/pessoa.
O passeio é muito agradável. Mergulhamos com máscara e vemos os peixinhos (Confesso que fiquei desiludida por ver corais sem cor). Os golfinhos, nesse dia não quiseram nada connosco (não sei se é sempre assim, ou se é um engodo para cativar o turista). A última etapa do passeio foi o banho num banco de areia. Que água transparente, perfeita e maravilhosa!!! Inacreditável. Realmente dos mares mais bonitos que já vi. Terminámos a excursão a almoçar num restaurante perto da praia Muyuni um prato gigantesco de frutos do mar deliciosos para 4 pessoas.
DIA 5 – NUNGWI
Deixámos Kiwengwa e rumámos para Nungwi.
Pelo caminho, parámos numa povoação de pescadores onde vimos uma escola com raparigas a usarem véus brancos e os rapazes uma farda todos iguais.
Nungwi é no extremo norte da ilha e
também o lado mais animado e turístico. Há vários bares e restaurantes na praia
da vila.
As praias têm areia muito branca, devido à enorme percentagem de sílica que possuem e o mar é de um azul
lindíssimo (na maré alta!).
Ficámos num alojamento simples (Palm
Nungwi) com pequeno almoço onde pagámos 56 Eur por duas noites. Ficava no meio
dum bairro muito pobre, próximo da praia de Nungwi, mas se fosse agora, teria
escolhido um alojamento mais perto da praia Kendwa que é a praia com menos diferença nas marés.
Nungwi é na minha opinião a 2ª melhor praia de Zanzibar! Na maré baixa não é agradável à vista por causa das algas, mas na maré alta já se torna uma praia incrível para ir a banhos. A água é muito quente e ao fim do dia, até fazia ondas como eu gosto. Passámos horas naquele mar maravilhoso.
Vemos vacas na praia e muitos barcos de pesca na água.
Passar pela vila pode incomodar os mais sensíveis. É a realidade nua e crua de gente podre.
Na povoação assistimos a um leilão de peixe.
DIA 6 – KENDWA
Nessa noite tínhamos dormida em Stone, por isso, saímos da praia e seguimos caminho até à capital.
Como ainda não tínhamos jantado, a 5km de Stone passámos por uma localidade onde havia comida de rua. Foi lá que eu comi o kebab mais barato da minha vida que me custou o equivalente a 0,10€!!!
DIA 7 – STONE TOWN
Stone Town é a capital e maior cidade da ilha.
Chama-se Stone Town (cidade da pedra), porque foi construída com pedras por escravos num passado triste e distante.
Stone Town foi declarada pela Unesco Património da Humanidade uma vez que tem características arquitetónicas da época em que os árabes migraram para a cidade, colocando esta cidade num dos principais pontos da rota da especiarias.
Quando começámos a passear por Stone, o calor era tanto que optámos por passar o dia na praia desta cidade. Uma praia agradável com água quentinha.
Ao fim do dia, quando a temperatura baixou é que fomos passear pela cidade.
Uma das moradas mais famosas da ilha é a casa onde o Freddy Mercury nasceu e passou os primeiros anos de vida antes da família se mudar para a Inglaterra, na década de 1950. Agora a casa é um museu.
À hora do almoço indicaram-nos um restaurante local (Lukmaan).
Tem uma enorme vitrine, com muitos
tipos de comida. A logística é um pouco confusa, mas os empregados
ajudam-nos a escolher.
Tinha muita gente e estava muito calor, pelo que a experiência poderia ter sido melhor noutras circunstâncias. Bebemos por lá um sumo de manga maravilhoso e comemos comida tradicional por 5,30€/pessoa.
Acrobacias na praia...
Pouco
antes do pôr-do-sol, a praia fica movimentada com moradores e turistas.
Vê-se raparigas
totalmente vestidas a passear na praia.
Vê-se
rapazes a jogarem à bola e a nadarem entre os barcos que estão parados. Alguns
rapazes locais fazem acrobacias na praia em frente ao restaurante Living Stone
Beach.
Há um
frenesim de passeio domingueiro, com famílias inteiras a passearem e crianças a
correrem de um lado para o outro.
Gosto
muito de simplesmente parar, observar e viver o ambiente dos locais.
Feira de comida noturna...
Na praça em frente ao Cape Town Fish
Market, perto do Old Fort, todas as noites é montada uma feira de comida de rua,
cheia de barracas que servem frutos do mar na brasa, espetadas de carne,
kebabs, frutas e gelados. Aqui comemos muito bem e barato (cerca de
3,5€/pessoa).
Outros passeios em Stone...
Nós ficamos apenas um dia inteiro em Stone Town e uma noite. Por
isso, conseguimos conhecer apenas o que descrevi..
Caso tenham mais
tempo, de Stone partem os barcos para Dar-Es-Salaam e para diversas
excursões.
Há uma excursão muito famosa bem perto da cidade que é Nakupenda Island (banco de areia com paisagens deslumbrantes) + Prison Island ( uma prisão antiga que hoje é santuário de tartarugas marinhas gigantes). Esta excursão inclui snorkling e almoço com mariscada. Tínhamos reserva feita em Zanzibar tours por 50€/pessoa, porém, como tínhamos feito excursão em Mnemba Island com banco de areia e mergulho decidimos não fazer esta excursão e aproveitar o último dia para conhecer a cidade.
Dicas:
- A estação das chuvas vai de Março a Maio, mas a temperatura é boa o ano inteiro.
- A maior parte da população é muçulmana e embora estejam habituados aos turistas é de considerar usar roupas mais compridas (porém eu usei biquíni e nunca me senti observada).
- Beber sempre água engarrafada;
- Levar bastante protetor solar e colocar regularmente - O sol lá, queima mesmo!
- Nas praias do centro e sul, as marés são muito acentuadas pelo que podem ser uma desilusão para quem vai à procura de praias bonitas nesta região.
- No norte é onde encontramos as praias mais bonitas e com marés menos acentuadas.
- Fazer o visto online com mínimo de um mês de antecedência (Fiz com 3 semanas de antecedência e chegou 3 dias antes da minha partida!!!). O visto custa 50€/pessoa. Também é possível fazer o visto à chegada no país, mas neste caso sujeitam-se à existência de longas filas.
- Quando estamos a preencher o formulário para o visto, pedem-nos a representação diplomática na Tanzânia e Portugal não aparece, no meu caso coloquei Maputo (Moçambique), mas também pode ser colocada qualquer embaixada de um país da união europeia.
- O passaporte para entrar no país deve ter pelo menos 6 meses de validade.
- Nas 24h prévias à chegada, os viajantes com destino à Tanzânia devem preencher o formulário disponível em: https://afyamsafiri.moh.go.tz/. Caso se pretenda viajar para Zanzibar, deve preencher-se, adicionalmente, o formulário disponível em: https://healthtravelznz.mohz.go.tz. Ou seja, um para entrar na Tanzânia (quem fizer escala por lá) e outro para entrar em Zanzibar.
- Recomendo ao viajante que saia de Portugal fazer o registo através da aplicação “Registo Viajante”, facilitando a ação das autoridades portuguesas, caso ocorram situações de emergência com cidadãos nacionais no estrangeiro. Este registo permite receber informações sobre as condições de segurança, ter acesso aos contatos das representações diplomáticas e consulares de Portugal e tem ligação direta ao Gabinete de Emergência Consular.
- É altamente recomendável fazer um seguro de viagem. Se quer ter 5% de desconto aproveite e faça aqui o seu seguro.
- Recomenda-se a consulta do viajante, mas eu não fiz. Li bastante sobre o assunto e embora as vacinas sejam recomendadas, não são obrigatórias, pelo que não tomei nenhuma vacina e não tive qualquer problema na entrada do país.
- Evitar levar sacos de plástico. Desde o ano passado que é proibido levar sacos de plástico para a Tanzânia e a lei diz que dá direito a pena de prisão até 7 dias. Os únicos aceitáveis são os que têm zip para levar os produtos no aeroporto, já que consideram que o turista levará estes sacos de regresso para o seu país. No entanto, por esquecimento levei umas sandálias dentro de um saco de plástico e ninguém me disse nada!!!
- Se alugar um carro, recomendo que seja um jipe, pois as estradas são mesmo muito más.
- Nós
comprámos a internet a um local, mas mais tarde vi que a internet móvel (Airalo)
tinha preços/condições melhores que aquelas que tivemos.
- Há certas praia onde recomendo o uso de sapatos d’agua, pois podemos encontrar ouriços ou paus espetados que magoam os pés.
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Se gosta de praia, então os seguintes posts podem ajudar a escolher:
Ilhas Baleares Espanholas: Palma de Maiorca; Ibiza; Formentera; Menorca
Ilhas Canárias Espanholas:
Gran Canaria - Roteiro de 3 dias * Barranco de las Vacas * Terror; Firgas; Arucas; Aguimes; Mogan; Las Palmas
Lanzarote - Parque Timanfaya; Roteiro de 3 dias
Tenerife - Santa Cruz; Garachico; Orotava; Puerto de la Cruz; La Laguna
Ilha Italiana: Sardenha
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