quinta-feira, 22 de outubro de 2009

BULGÁRIA

No dia 12 de Agosto fomos de férias uma semana para a Bulgária no sudeste da Europa, situada na península dos Balcãs. O voo durou cerca de 4 horas até ao Aeroporto de Bourgas. Ficámos em Sunny Beach que é o maior Resort do Mar Negro. Sunny Beach é uma grande Baia com imensos hotéis, restaurantes, bares, discotecas, casinos e muitas lojas onde se vendem todos os produtos de todas as marcas contrafeitas e legalmente. A praia tem areia fina, o mar negro é calmo, sem ondas e com água quente – uma maravilha de temperatura que só apetece estar sempre na água. Apanhámos um dia mais ventoso e que fazia mais ondas, levando a colocarem bandeira vermelha, mas as ondas eram tão insignificantes que na nossa costa o mar teria bandeira verde. Aliás, mesmo em Sunny Beach os nadadores salvadores não se entendiam pois uns não deixavam ninguém ir à água e outros não colocavam qualquer entrave.

No 3º dia fomos a Nessebar de autocarro que fica a cerca 2Km de Sunny Beach. Os transportes públicos são muito baratos pois pagámos 1€/pessoa ida e volta. Nessebar é Património Cultural da Humanidade da Unesco deste 1983 por ter numerosas ruínas de igrejas medievais e interessantes casas de habitação dos séculos XVIII e XIX. Tive pena que as igrejas mais intactas não estivessem melhor conservadas. Abaixo podem ver uma foto duma igreja que alterna a pedra natural branca e castanha e padrões gráficos em tijolo e cerâmica colorida que conferem às fachadas uma característica muito própria.









No 4º dia fomos a Varna também de autocarro que fica a cerca de 90Km de Sunny Beach. Varna é a 3ª maior cidade da Bulgária e é considerada a sua a capital marítima dada a sua localização no mar negro. Havia excursões para Varna, mas como o bilhete de autocarro não era caro achámos que podíamos visitar o mesmo que nos ofereciam nas excursões mas por muito menos dinheiro e assim foi, visitámos a Catedral da Assunção (Ortodoxa) e o museu arqueológico. As igrejas na Bulgária caracterizam-se por terem pinturas em vez de estátuas.
Varna é uma cidade bastante velha e com pouco para ver.

Parece-me valer mais a pena visitar a capital Sofia e a cadeia dos Balcãs, mas não o fizemos porque o guia turístico disse-nos que seria um passeio cansativo por ficar muito mais longe de Sunny Beach.
Bulgária é um país com imensas construções mal acabadas ou inacabadas, os passeios estão todos estragados mesmo nos locais turísticos, as pessoas na sua maioria não são muito simpáticas e verifica-se um certo desleixo na conservação do Património Cultural. Mas sendo um país que entrou recentemente para a União Europeia acredito que nos próximos anos estes aspectos negativos melhorem significativamente. A comida nos restaurantes é barata, pelo que é suficiente ir apenas com alojamento. Vi imensas ementas nos restaurantes que custavam 5/6/7€ por pessoa. A unidade monetária é o lev Búlgaro que vale cerca de metade do Euro (1 Lev ± 0,50€). No Hotel verifiquei que os Búlgaros comem imensa carne guisada bem temperada com diversos tipos de especiarias, mas não em demasia pois comia-se bem. As sopas eram intragáveis, consistindo apenas em caldos cada dia com um sabor de uma especiaria típica.

Em suma, Sunny Beach será um destino de eleição para as famílias que procurem férias mais tranquilas com uma boa praia com sol e água quente, ou para aqueles que querem férias mais animadas com uma noite muito movimentada e divertida.



































































































































































quarta-feira, 8 de julho de 2009

SUIÇA

Mais uma vez alugámos uma autocaravana por 10 dias e na 1ª semana de Junho de 2009, iniciámos viagem com destino à Suíça.
Pelo caminho parámos em Espanha para visitar Mallos de Riglos e Mallos de Aguero em Aragon a uns 45Km a Noroeste de Huesca.
Os Mallos consistem numa formação geológica espectacular nos Pirinéus, com grandes escarpas verticais de todos os tamanhos, de aspecto arredondado e polido e que atingem cerca de 900m de altura.


Junto a estas massas rochosas existem pequenas aldeias que tornam a paisagem ainda mais rara e impressionante com enormes rochedos a erguerem-se por detrás delas.





Prosseguimos até França em direcção ao nosso próximo destino que era a pequena aldeia medieval Ponte en Royans, localizada a cerca de 20Km a Norte de Valence.
Nesta aldeia vemos casas suspensas em rochas ao longo do rio. É incrível como aquela gente vive descansada naquelas casas velhas suportadas com barrotes já velhos e que aparentam não ter qualquer segurança. 









Continuámos até à Suíça entrando por Genebra e passando pelo lago de Genebra ou lago Léman (2º maior lago da Europa Ocidental) em direcção a Montreaux, admirando as lindas colinas com terraços de vinhas perfeitamente alinhadas.

Chegando a Montreaux, visitámos o castelo de Chillon, um dos monumentos mais famosos da Suíça. Este castelo é uma fortaleza do séc. XIII construído sobre um rochedo e localizado num cenário fascinante na margem do imenso lago de Léman.Embora parecendo pequeno à primeira vista, é uma enorme fonte de surpresas pois tem imensas salas e salões que merecem uma visita demorada. No seu interior podemos desfrutar da vista panorâmica para o grande lago Léman e para os Alpes franceses.









Seguimos pela belíssima estrada que leva até Chateau-d’Oex e Gstaad. Esta estrada sem dúvida vale a pena percorrer pois tem uma paisagem indescritível com uma imensa variedade de cores verdes e pintalgada de grandes chalés chiques e decorados com flores.



Partimos até Grindelwald para admirar o glaciar Jungfrau – Aletsh, considerado o maior glaciar da Europa e inscrito pela Unesco como Património Natural da Humanidade.
À chegada a Grindewald fomos brindados com uma enorme cascata.
Aqui os nossos olhos são atraídos pelos diversos tons de branco do glaciar e ficamos rendidos à grandeza da paisagem.







Continuámos viagem até Interlaken que como o nome indica é uma cidade entre lagos. A estrada que contorna esta cidade é um percurso muito bonito pela paisagem que a rodeia.




A paragem seguinte seria Lucerna que fica nas margens do Lago do Quatro Cantões, mas de facto a Suíça não é amiga dos autocaravanistas pois andámos mais de 30min à procura de estacionamento sem sucesso. Passámos pela famosa e bonita ponte de madeira toda florida à qual tirei uma fotografia, mas infelizmente não tivemos oportunidade de percorre-la a pé, dado que segundo consta está decorada no seu interior com pinturas e inscrições feitas na madeira.



O destino seguinte foi já no norte da Suíça próximo da Alemanha. Próximo duma cidade chamada Shaufhausen visitámos as cataratas do Reno (Rhinfall), consideradas as maiores da Europa. Estas cataratas impressionam pelo barulho que fazem e pela sua grandeza.




Próximo de Shaufhausen visitámos a localidade medieval Stein am Rhein, muito pitoresca, com casas típicas, com as suas estruturas em madeira e com as suas fachadas pintadas com desenhos.






Como achámos a paisagem do norte mais parecida com a nossa paisagem, decidimos voltar aos Alpes onde tudo é mais belo, grande, verde, limpo e naturalmente muito mais encantador.


Prosseguimos por isso caminho até Sant Gotthard, Altos Alpes.
Primeiro por engano passámos por um túnel de auto-estrada com 16,3Km, depois percorremos o mesmo caminho por uma estrada lenta e entediante, mas com paisagens recompensadoras. Parámos no cume para desfrutar as vistas panorâmicas, depois o Miguel testou as suas capacidades automobilísticas no incrível redemoinho viário na descida. Uma estrada incrível muito procurada pelos motards e ciclistas.








Continuámos em direcção a Brig onde admirámos imensos vinhedos perfeitamente alinhados e passámos por imensas casas de madeira sempre impecavelmente floridas.
Chegámos a Tasch onde apanhámos um táxi para chegar a vila de Zermatt aos pés do impressionante Matterhon (Monte Cervino).
A Zermatt só se pode chegar de táxi ou comboio e o transporte é feito por cavalos (charretes e carroças) e carros eléctricos. Esta vila é considerada o santuário do Alpes, por estar rodeada por mais de 12 picos com mais de 4000m, sendo por isso muito visitada por turistas e um paraíso para os esquiadores e montanhistas.

Ficámos bastantes impressionados, pois esta vila tinha imensa gente a passear pelas diversas lojas e restaurantes e estávamos sistematicamente a ouvir falar português. A grande maioria são imigrantes portugueses que trabalham na área do turismo.

Daqui partimos para casa dando por finalizada a nossa visita à Suíça.
A Suíça é sem duvida um país que merece ser visitado pelo espectáculo de belíssimas paisagens que apresenta. As montanhas são enormes e verdejantes, o verde é deslumbrante pela diversidade de tonalidades que oferece, tem numerosos lagos pelo meio, os cumes mais altos têm neve e tudo é pintalgado com casas de madeira repletas de flores.
A época da visita foi privilegiada pelo facto da neve dos cumes estar a derreter e por isso as cascatas ao longo das estradas eram muitas e grandes.
O que ficou da visita à Suiça foi uma grande vontade de lá voltar.
Saindo da suíça a caminho de casa, passámos por Chamonix (França), que fica no sopé do Mont Blanc o pico mais Alto da Europa. Nesta zona a paisagem também é muito bonita.


Já em Espanha e a cerca de 20Km de Cuenca, fomos visitar a cidade encantada. Este local com cerca de 20Km2 caracteriza-se por elevados planaltos calcários que oferecem uma curiosa paisagem rochosa, apresentando rochas de todas as formas.
Tormo Alto, que se encontra a poucos metros da entrada da cidade encantada.


Os Ossos
O martelo.

A cara
A Ponte Romana
A Foca

O mar de pedra

Luta entre o crocodilo e o elefante.


Porta do convento.
Saída pela porta do convento.

Esta paisagem cársica teve origem na água que cobria esta região e que era carregada de gás carbónico que ficou depositado no fundo formando rochas que emergiram por retrocesso do mar. A erosão mas tarde “esculpiu” esta cidade. A acção das chuvas foi o principal modelador, mas também a fusão das neves de Inverno, o vento, as águas subterrâneas, os seres vivos e o ataque químico e mecânico da atmosfera.
Um local invulgar que vale a pena visitar.



E aqui demos por finalizada as nossas visitas e fomos directos para casa.
Fizémos no total 5840Km.