Desta vez deixámos a autocaravana
em casa, para satisfazer um desejo do Alex que era acampar.
Nos primeiros dois dias dormimos
num apartamento turístico da Interpass club na Golf playa, que fica a 1 Km da
praia de La Antilla. Achei o apartamento muito interessante para famílias
maiores que querem poupar nas férias, porque tinha dois quartos, uma sala de
estar com sofá cama, duas casas de banho e uma cozinha bem equipada com
frigorífico microondas e alguma louça.
Foram dois dias muito bons de
praia, a apanhar sol em pleno outono.
Enquanto que na costa centro de Portugal, já vestíamos casacos, no Sul de
Espanha ainda parecia verão, com temperaturas superiores a 30ºC.
A praia de La Antilla é uma praia
grande e agradável, e está localizada numa zona onde o desporto rei é o golf, tornando-a mais requintada para agradar os endinheirados. Digo
isto, porque fomos dar uma volta até Islla Cristina e achámos a zona muito
degradada comparado com La Antilla.
O facto de termos ido em Outubro
dá-nos uma visão completamente diferente da região, pois havia por lá muito pouca
gente, sendo a maioria pertencente à classe dos reformados. A noite já era
demasiado calma, uma vez que a maioria dos estabelecimentos que estavam abertos
em agosto, estavam já fechados em outubro.
Na sexta-feira, saímos cedo do
hotel e fomos conhecer a praia de Punta Umbria, que me pareceu também uma
excelente praia com todas as condições para os veraneantes.
Optámos por ficar só de manhã e
depois de almoçar fomos diretos a Sevilha à procura dum parque de campismo.
Pelas pesquisas que tinha feito parece-me que o mais perto de Sevilha é o
Camping Wilson a 12Km na localidade de Dos Hermanas. Seguimos as instruções do
GPS e parámos à porta (G.P.S: N 37o16’39’’ / O 5o56’12’’).
O parque tinha uma boa piscina e depois de montar a tenda terminámos o dia a
usufruir dela. Estou desatualizada com
os preços do campismo, mas achei o parque um pouco caro, pois pagámos 58€ por
dois dias e sendo a cama pouco confortável, parece-me que mais vale procurar um
hostal em Sevilha que deverá ficar pouco mais caro!
No Sábado, tirámos o dia para ir
ao parque de diversões Isla Mágica. Os preços por um dia são de 29€/adulto e
21€/criança. Nós tivemos sorte, pois comprámos os bilhetes no hotel e o bilhete
do Alex ficou gratuito, mas comprando pela internet há a mesma promoção.
Estacionámos gratuitamente por detrás do parque às 10h da manhã.
Quanto ao parque passámos um dia
muito agradável, onde assistimos a espectáculos de piratas e aves rapinas,
descemos uma cascata em jangada e apanhámos uma molha, fizemos rafting num
barco pneumático e andámos nas distintas diversões do parque. Assistimos a dois
filmes 4D super divertidos e o dia finalizou com um espectáculo multimédia
muito bonito de laser, imagens sobre o ecrã de água, motas de água e flyboard.
No Domingo levantámo-nos cedo e
partimos até à cidade de Sevilha. Estacionámos facilmente e gratuitamente na
avenida do Chile muito próximo da praça de Espanha.
Está claro que palmilhar uma
cidade com uma criança de 6 anos é missão impossível. Por isso, colocámos o Alex
num carro de bebé e lá fomos nós para um dia longo de caminhada.
A primeira paragem foi na Catedral
de Sevilha (Catedral de Santa Maria – Património Mundial da Unesco) com a sua
Torre Giralda. Nela estava a ser celebrada a missa havendo impedimento à
visualização do altar. Só a partir das 14h a catedral poderia ser visitada
integralmente ao custo de 9€/pessoa, mas optámos por não o fazer porque só
tínhamos um dia para visitar Sevilha. Segundo consta esta catedral é
considerada o maior monumento religioso do mundo cristão a seguir a São Pedro
(Itália). Quando entramos temos de facto uma visão majestosa e impressionante
do espaço.
Em seguida, fomos até ao Real
Alcázar muito próximo da catedral. Alcázar significa “palácio” em árabe e eram
as fortalezas dos mouros que depois de serem expulsos em 1364, foram adaptadas
para se transformarem na habitação do rei. Os reis católicos contrataram
operários muçulmanos para acabarem a construção, tendo sido os edifícios
construídos segundo a estética mourisca.
O preço da entrada foi de
9,5€/pessoa e o Alex não pagou. Também podemos pagar mais 4,5€ para visitar o
Quarto Real que é recomendável, mas no nosso caso as visitas desse dia já
estavam completas e não foi possível visitar. Esperámos 50min na fila para
entrarmos, por isso, seja em qualquer altura do ano, se quer evitar as filas,
recomendo a aquisição dos bilhetes pela internet, que só podem ser vendidos 2
dias antes da visita. O palácio em si é muito bonito e é sempre impressionante
ver a sucessão de salas com uma riqueza de adornos e detalhes nas paredes
estucadas com motivos de conchas, flores, estrelas e escrituras árabes ou mesmo
ver os ricos azulejos coloridos pintados a mão.
Depois fizemos um passeio muito agradável,
no centro histórico de Sevilha, pelas ruas estreitas do pitoresco bairro de Santa Cruz, também designado bairro
judeu .
Fizemos mais uma longa caminhada
para ver o Metropol Parasol (Os espanhóis chamam-lhe Las setas), que é a maior construção de madeira do mundo na praça
La Encarnación. Segundo li as vistas sobre Sevilha são bonitas, mas para as ver
tínhamos que subir muitas escadas e nós não estávamos para isso! É possível que
possa haver elevadores, mas a visita acabou por ser uma desilusão, porque demos
a volta ao edifício e estava tudo fechado o que achámos estranho!
Já a caminho da praça de Espanha, percorremos
as margens do rio Guadalquivir onde vimos por fora a Praça de Touros, a Torre del Oro (usada
como prisão e armazém dos tesouros trazidos das Américas) e as belas paisagens
sobre o Rio.
Pelo caminho passámos pelo bonito
palácio de San Telmo que é um edifício governamental, cujo interior não pode ser
visitado.
Por fim, chegámos
à maravilhosa Praça de Espanha. Esta praça tem a forma de ferradura
direccionada para o rio de Guadalquivir, que simboliza o abraço de Espanha às
conquistas das suas colónias na América do Sul. Toda a praça é circundada por
uma via navegável e tem 4 bonitas pontes pintadas em estilo mourisco com
padrões florais, que representam os quatros reinos medievais da Península
Ibérica. Li que esta praça tem 58 bancos decorados com magníficos painéis de
azulejo, que representam episódios históricos, de cada província da Espanha. No
chão de cada banco encontra-se um mapa de cada região. Possui imensas charretes
com cavalos, que contribuem ainda mais para o encanto do espaço, que faz mesmo
lembrar o tempo dos reis. Para mim é dos locais mais bonitos da cidade.
A cidade é muito bonita e apesar
de termos ficado apenas um dia, deu para ver os pontos turísticos essenciais.
Tem também a vantagem de lá parecer verão quando na minha terra já temos temperaturas de outono, o
que faz com que seja um destino recomendável em qualquer fim de semana
prolongado do outono ou primavera.
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