sábado, 8 de julho de 2023

ROÇAS DE SÃO TOMÉ

 

 

Na viagem que fiz a São Tomé (Leia o Roteiro de 8 dias) tive oportunidade de conhecer algumas Roças.

Rodeadas por vegetação tropical, as roças de São Tomé permitem conhecer o processo de produção de cacau e café. A maioria encontra-se em ruínas, sendo apenas uma memória do que foram outrora e são hoje o lar de várias centenas de pessoas que lá procuram abrigo.

As roças Agostinho Neto, Diogo Vaz, Monte Café, Agua Izé, São João de Angolares e Bombaim são algumas das mais importantes. Nós visitámos apenas a Roça Agostinho Neto e Monte café.

ROÇA AGOSTINHO NETO

Esta roça encontra-se a 10Km da cidade de São Tomé e foi no passado uma das maiores e mais importantes explorações de café e cacau do país.

Antes da 1ªGuerra Mundial, São Tomé era o maior exportador mundial de cacau. Quando se deu a independência em 1975, as roças ficaram ao abandono e algumas foram reutilizadas por famílias. Para terem uma ideia em tempos áureos a produção de cacau chegou a atingir as 12 mil toneladas e hoje não chega às três mil. A roça Agostinho Neto é uma das várias que se encontram abandonadas, mas sendo um marco histórico é um ponto de paragem obrigatório.

Quando chegámos encontrámos o Willy, que passou a ser o nosso guia pela Roça.



A visita consiste em percorrer a avenida principal, ao longo da qual se encontram os edifícios onde viviam os trabalhadores e capatazes.
Os edifícios estão em completo declínio e ocupados por famílias.
O principal edifício da roça, o hospital, está vandalizado e até nos antigos consultórios vivem famílias.

O Willy contou-nos os projetos que tem em mãos, que visam melhorar as condições da comunidade que ali vive. Para isso, depende muito da ajuda dos turistas. Não pagámos para conhecer a roça, mas demos uma contribuição para ajudar quem lá mora.







Como era dia de cinzas eu sabia que a sopa típica do dia era calulu, perguntei ao Willy se haveria possibilidade de provar esta sopa na roça, então ele levou-nos a casa Nina, que para além de nos explicar como fez a sopa, foi muito simpática e deu-nos a provar a iguaria acompanhada de arroz e vinho de palma.
Foi uma experiência mesmo autêntica, que agradeço muito nos terem proporcionado.



Já com a barriga composta (Não esperávamos comer tanta quantidade de calulu!), fomos almoçar ao restaurante da Roça Agostinho.
Comemos muito bem, peixe espadarte grelhado, banana frita, fruta pão e salada, tudo acompanhado da cerveja Rosema. Saboroso, bem servido e a bom preço (Cerca de 6€/pessoa). Restaurante altamente recomendável.


 
ROÇA MONTE CAFÉ

A Roça de Monte Café, no centro de São Tomé, é  uma das plantações mais antigas do arquipélago e é das poucas que foi recuperada ao longo dos anos, e que hoje ainda se mantêm em funcionamento.

Após a independência perdeu a sua capacidade industrial e caiu em desuso. Desde 2010 que existe lá uma cooperativa de café, formada pelos próprios trabalhadores que exploram os lotes que lhes foram concedidos pelo Governo.

O único edifício bem conservado é o museu do café.

A guia do museu, explicou detalhadamente todo o processo de fabricação do café, desde a colheita até o produto final.

Segundo ela, o clima no Monte Café era óptimo para o cultivo do café, principalmente da variedade Arábica e, em menor escala, da variedade Robusta.

As sementes eram alimentadas nas máquinas que as classificavam por tamanho e, em seguida, submetidas a várias fases de remoção da pele. Os grãos eram depois separados por tons de cores antes de serem torrados.

A visita ao museu, custou 3€ e no fim, tivemos direito a uma chávena de café do delicioso café arábica.




Visitámos a escola e em conversa com a professora, disse-nos que enfrenta muitas dificuldades para manter os alunos a estudar. Em São Tomé o 12º ano é a escolaridade obrigatória.
As salas de aulas têm demasiadas crianças e as famílias pobres nem sempre veem a escola como uma necessidade e muitos faltam frequentemente às aulas.
Como as crianças são tantas, umas têm aulas de manhã e outras de tarde, a outra metade do tempo andam pela rua.
Poucas roças em São Tomé têm escola própria. Lá os jovens podem estudar até aos 16 anos e depois ir para Trindade para fazer os anos seguintes.


Ao sair da Roça encontrámos terrenos com a plantação de árvores de café.

 

ROÇA DIOGO VAZ

A próxima paragem foi na Roça Diogo Vaz, que estava fechada por ser domingo. Esta Roça dedica-se à produção de Cacau.


Por lá, encontrámos uns rapazes que nos deram a provar a fruta já madura. No estado em que se vê nas fotos, só dá para chupar o exterior dos grãos do cacau. O sabor era bom, pois parecia que estávamos a comer um rebuçado.





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