quarta-feira, 13 de maio de 2015

MADEIRA

No dia 18 de Abril de 2015, levantei-me às 3h30m para ir apanhar o avião a Lisboa com destino à Madeira. 
Foi uma viagem de 3 dias feita com a minha família (Pais, sogros, marido e filho) e o objectivo era não só visitar a ilha mas principalmente assistir à Festa da flor.

Fomos todos de autocaravana até Lisboa, onde ficou 3 dias num Parque de estacionamento low cost a pagar 5€ por dia.
A logística no aeroporto foi diferente do habitual, pois a minha mãe foi de cadeira de rodas e tivemos prioridade no check in.

O aeroporto de Lisboa tem o serviço My Way usado apenas para pessoas com mobilidade reduzida que me impressionou bastante pela positiva, não só por estar muito bem organizado mas também por possuir colaboradores muito atenciosos.

Chegámos à Madeira às 9h e fomos buscar o carro que já estava previamente alugado e dirigimo-nos ao Funchal para deixarmos as malas no hotel.

A ilha foi descoberta por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz de Teixeira em 1419.

O Funchal é a capital da Madeira e o seu nome deriva da palavra “Funch” que era uma planta que crescia em abundância aquando da descoberta da ilha.


Tínhamos reserva no hotel Orquidea de 3 estrelas mas quando lá chegámos o hotel estava lotado (!) e alojaram-nos no Hotel Regency de 4 estrelas, próximo da marina e com belas vistas sobre as piscinas e sobre o mar, que chatice :)!!!!



Começámos o passeio pela estrada da encumeada e chegámos a São Vicente, uma vila costeira junto ao mar, onde existe um enorme rochedo. Pelo caminho observámos várias quedas de água.


Prosseguimos até Porto Moniz e parámos para observar as suas encantadoras piscinas naturais.



Seguimos até à Ponta do Pargo onde tirámos uma bela foto num miradouro.

 
Passámos pelo Paul do mar que é o centro piscatório mais importante da ilha e que apresenta uma bela paisagem de montanhas e mar.


Parámos para almoçar na Calheta, um local encantador de grande beleza natural, tem uma praia artificial que pode ser vista na foto abaixo que tirámos dum miradouro.

 
Passámos pela Ponta do Sol que tem uma estãncia balnear peculiar situada numa pequena enseada entre as escarpas do vale e que nos surge depois de passarmos um grande tunel.
 

 Prosseguimos até Ribeira Brava que é um local bastante agradável para passear e apreciar a paisagem.


 

Antes de terminarmos o passeio de carro, parámos no cabo do Girão que é onde se encontra a 2ª falésia mais alta do mundo. A falésia possui no topo um miradouro e uma plataforma com fundo de vidro que permite-nos apreciar melhor a vista e a distância até ao fundo do penhasco. Incrivelmente no fundo do penhasco observa-se alguns campos de cultivo que se chamam Fajãs do Cabo do Girão. A vista sobre Camara de Lobos, Funchal e mar é absolutamente arrebatadora.



No Domingo de manhã apanhámos o teleférico no Funchal até ao Monte localizado a 6Km de distância da capital. Pagámos 15€/pessoa ida e volta (crianças com menos de 7 anos não pagavam por isso o Alex como tinha 4 anos não pagou). Aqui tinha planeado comprar o bilhete de 22€/pessoa que incluía a visita ao jardim Botânico, mas disseram-nos que não podia ser visitado por pessoas em cadeira de rodas por isso foi excluído da rota.

A viagem de teleférico dura cerca de 10min (são 2Km) e oferece-nos um bonito percurso panorâmico com vista privilegiada sobre a baía do Funchal.


Chegando ao Monte, continuámos a ver as belas vistas junto à famosa igreja de Nossa Senhora do Monte onde está sepultado o Imperador da Áustria.



Aqui é também o ponto de partida dos tradicionais carros de cesto de vime que fazem a descida da encosta até ao Funchal. Estes cestos foram inventados em 1850 como meio de transporte e são empurrados por 2 homens (os carreiros) tradicionalmente vestidos e que usam as suas botas de borracha como travões.

A viagem custa 15€/pessoa e depois de descer tínhamos 2 opções, ou subíamos a pique a pé cerca de 2Km ou pagávamos mais 15€ pelo táxi para nos trazer de novo ao monte.

Como eu e o Miguel já tínhamos feito a descida há 10 anos, optámos por não a fazer desta vez, mas é um percurso engraçado que recomendo.


 De volta à cidade fomos dar um passeio pela zona velha e passámos pela rua de Santa Maria cujas portas foram decoradas por artistas fazendo desta rua uma galeria de arte.

 


Em seguida passeámos pela rua da Arriaga para admirar os espectaculares tapetes florais com os seus desenhos.
 



Depois de almoçarmos no hotel fomos a pé até à marina do Funchal para assistirmos ao cortejo da flor.

Durante a espera apreciámos um enorme navio cruzeiro. Por curiosidade perguntei a um turista do navio de onde vinha e para onde ia e disse-me que estava a fazer um cruzeiro de 26 dias desde os EUA e que parava em diversos pontos das caraíbas e do mediterrâneo, um sonho para concretizar na minha reforma….
Como ficámos no fim da avenida ainda tivemos que esperar pelas 17h para começar a ver o desfile e aproveitámos para ir ver a estátua do Ronaldo que estava bem perto de nós


 

Fiquei absolutamente deslumbrada com o cortejo, não só pelas centenas de adultos e crianças envolvidas mas também pelos fabulosos carros alegóricos decorados com múltiplas flores naturais. Era incrível a classe, criatividade e beleza dos trajes dos figurantes nos desfiles.
Foram 2h30m de pessoas lindas a passar por nós sem interrupção.

Para quem quer visitar a ilha pela 1ª vez e só tem 3 dias para o fazer, recomendo que o faça aquando da festa da flor, porque 3 dias dão perfeitamente para percorrer a ilha aproveitando-se para assistir a um evento único difícil de imaginar a envolvência a partir de fotografias ou a partir da televisão.








De seguida passámos por Santana e fizemos uma paragem nas suas casas triangulares em colmo onde numa delas podemos ver o processo necessário para fazer as tão famosas toalhas de linho da ilha.



Parámos para comer em Machico onde desembarcaram os primeiros navegadores portugueses.

A beleza da sua baía conjugada com a profundeza do vale, fazem recomendar uma paragem neste local.

 
Fomos até à Ponta de São Lourenço. As vistas são impressionantes e de lá podemos ver Porto Santo e as ilhas desertas.



 A caminho passámos por um aldeamento nobre com casas de luxo e localizadas numa zona com belas vistas.


Continuámos até Santa Cruz e fizemos uma paragem no miradouro na ponta do garajau, onde existe um monumento ao cristo rei.

Prosseguimos viagem até ao curral das freiras.


O Curral das freiras é uma pequena vila rodeada de enormes montanhas no coração da ilha. Este foi dos locais que mais me impressionou comparativamente à visita que fiz à Madeira em 2002. Lembrava-me que para lá chegar demorava-se uma eternidade pelas curvas e contra curvas que contornavam as montanhas e tínhamos que passar por um túnel estreito.

Desta vez chegámos lá rapidamente pelas novas estradas e tuneis que fizeram desde então. Além disso resultado das melhores condições de acesso a dimensão da vila também aumentou consideravelmente.

Parámos num café e aproveitámos para provar a famosa poncha e uns pastéis de castanha típicos da região.

Junto a este café há um miradouro com uma bonita paisagem sobre as montanhas e a vila.


Daqui fomos até ao miradouro da Eira do Serrado com uma excelente vista para o pico do Areeiro e sobre o vale do Curral da Freiras. Neste local encontra-se isolado um café e um grande hotel.



Já a caminho do Funchal fizemos uma última paragem noutro importante miradouro da Madeira que é o Miradouro do Pico dos Barcelos situado em Santo António.  A partir deste miradouro é possível contemplar uma panorâmica maravilhosa sobre a baía e a cidade do Funchal, com as ilhas desertas em segundo plano. 


Um dos aspectos que mais notei na evolução da Madeira foi o melhoramento substancial de todas as infra-estruturas direccionadas para o turismo. Os miradouros mais importantes estão agora mais bonitos, com mais espaços verdes e zonas de comercialização de produtos regionais, artesanais e de restauração, novas áreas de lazer e de apoio e uma melhoria nos acessos.



Falando agora de comida, durante o dia para ganhar tempo comíamos umas sandes, mas à noite aproveitávamos para conhecer a gastronomia da Madeira.

No Sábado fomos ao restaurante Londres no Funchal e no Domingo ao restaurante Viola no estreito de Camara dos Lobos.

Em ambos comemos bem a preços razoáveis (Menos de 10€/pessoa) mas o meu preferido foi o restaurante Viola, onde comemos óptimas espetadas madeirenses, farinha de milho frito e um delicioso bolo do caco.

Nunca tinha comido farinha milho frito e fiquei fã.



Embora eu já tivesse ido à Madeira em 2002, esta visita foi quase como se fosse a primeira vez dada a evolução na construção/modernização de infra-estruturas e estradas de tal modo grande que a ilha estava de facto muito diferente das minhas memórias.

Apenas a 1h30m de avião a partir de Lisboa, a Madeira é de facto um paraíso recomendável a todos aqueles que gostam de viajar e apreciar a Natureza.