No dia 11 de Agosto de 2014 fomos de férias até ao Sul de Espanha. O
objectivo era essencialmente fazer praia nas águas quentes espanholas, dado que
o tempo na nossa região centro não estava de feição para os veraneantes.
Partimos em direcção a Málaga, região onde já tínhamos
estado de passagem. Pelo caminho parámos nas Minas do rio Tinto na província de
Huelva. É um local que se caracteriza pela sua singularidade da paisagem resultado
da actividade mineira do passado em busca de ouro, prata e cobre.
Em seguida fomos até Santiponce, onde parámos para almoçar.
Aqui aproveitámos para conhecer Itálica que são famosas ruinas de civilização
romana onde vemos a cidade com as suas
ruas, casas com apenas parte das suas paredes, pisos decorados e um circo
onde ocorriam as lutas.
Como estava muito calor não perdemos muito tempo por lá.
Como estava muito calor não perdemos muito tempo por lá.
Continuámos viagem e a meio da tarde passámos pela Serra de
Grazalema onde apreciámos as belas vistas. Em Zahara de la Sierra a cerca de
20min de Grazalema encontra-se a Playita, que é um lago de água doce que
aproveita o curso de água do rio e que foi criado para desfrutar da "praia" no
campo. A entrada eram 3 euros por pessoa, mas como chegámos ao fim da tarde não
pagámos nada.
Como Zahara de la Sierra é uma povoação que fica situada num
ponto alto em pleno coração do Parque natural de Grazalema e dada a sua bonita
paisagem envolvente rodeada pelo rio, seria com certeza um visita interessante
a fazer a este “povo branco”, porém não estando acessível a autocaravanas e
como nós já saímos da praia eram umas 9h da noite, decidimos não visitar e
seguimos viagem em direcção a São Pedro de Alcântara.
O
primeiro dia de praia foi para mim uma total desilusão, pois por um lado a praia de São Pedro de Alcântara era feia com muitas pedras e por outro lado a água
estava fria.
Passámos por Marbella que é um destino muito popular para as
pessoas ricas, mas como não conseguimos arranjar estacionamento para a
autocaravana não visitámos.
No dia seguinte conhecemos a praia de Benalmadema onde a
praia era mais agradável, mas a água continuava fria. A noite neste local é
calma e muito familiar.
Seguimos até Torremolinos que foi também uma desilusão, porque temperatura da água continuava a não convencer-me e além disso a praia tinha um grande desnível entre o mar e a areia
onde se colocávam os chapéus. Para mim uma praia que tenha areia escura só me convence se a água for quente.
Ao 5º dia fomos visitar Málaga que é uma das cidades mais
antigas do mundo. Esta cidade estava em festa. A festa/feira é de dia e de
noite em 2 zonas distintas. De dia a festa é no centro histórico e de noite é
no recinto da feira Cortijo da Torre.
Durante o dia aproveitámos para fazer praia e de noite fomos
até ao Cortijo da Torre de Autocarro (Há autocarros para lá de 20 em 20min).
Ficámos impressionados com a sua dimensão e do belo efeito que faziam as luzes dos carroceis, mais parecia
que tínhamos entrado num parque de diversões tal era a quantidade de carrocéis
que tinha para todas as idades e gostos e tal era a quantidade de bingos e
sorteios. A feira é constituída por 3 ruas com imensas casinhas dos dois lados
com entrada livre e para todos os gostos. Nelas podia ver-se a dançar música
disco, salsa, flamenco, entre outras tradicionais… havia casinhas de partidos
políticos e associações, enfim um ambiente tão diversificado e farto que só
estando lá para perceberem a enorme dimensão. Aliás, andavam por lá milhares de
pessoas, mas como o espaço era tão grande, não nos atropelávamos e andámos sempre
à vontade. O Alex depois de andar no carrocel adormeceu no carrinho, por isso
com muita pena nossa não tivemos oportunidade de usufruir de nenhuma destas
casinhas.
O dia seguinte foi tirado para visitar o centro histórico e
foi lá que encontrámos um grande ambiente de festa com muita música. As ruas
estavam todas decoradas e vimos muitas mulheres vestidas de sevilhanas e muita
gente com a garrafa de Cartojal na mão que é a bebida típica feita propositadamente
para esta festa. As discotecas criadas para o efeito já estavam abertas depois
do almoço.
Depois da festa aproveitámos para visitar a sua bela
Catedral (La Manguita), bem como a Alcazaba que foi uma fortaleza militar
muçulmana. Nesta fortaleza pode ver-se belas vistas sobre a cidade. Na Catedral
a entrada é livre mas na Alcazaba pagámos 4,50€.
Quando aguardávamos pelo autocarro para sair da cidade parámos numa paragem de autocarros muito peculiar, pois sentados nas cadeiras mais parecia que estávamos a "trabalhar para o bronze". O Alex acabou por adormecer e a cena era tão engraçada que acabámos por ser alvo de várias fotos que os turistas nos tiravam!
No dia seguinte continuámos caminho até Tarifa. Este local marca a separação entre o mar do Atlântico e o Mediterrâneo. Tem um grande passeio marítimo, mas faz imenso vento, por isso apesar de ter bonitas praias não são agradáveis para fazer praia. Apenas 11 Km separam a Europa de África e segundo consta em dias limpos pode ver-se África de Tarifa, mas nesse dia não conseguimos.
Partimos em direcção a Gilbratar para visitar este pequeno
território, contudo não sei onde tinha a cabeça que me esqueci do cartão de
cidadão do meu filho em casa e por isso não nos deixaram entrar. Apreciámos
apenas a bela vista do seu rochedo.
De seguida fizémos uma paragem em Algeciras mas não nos
pareceu uma terra que valesse a pena lá voltar.
No dia seguinte, tirámos a manhã para fazer praia em Zahara de los Atunes, uma praia agradável quase virgem e com água clarinha.
Daqui fomos até Conil de La Frontera, mais um povo com as suas casas pintadas de branco, onde encontrámos uma
bela praia com areia quase branca, fina e água clara e tépida. Aqui tínhamos combinado encontrar-nos com uns
amigos portugueses também autocaravanistas que estavam no 1º dia de férias em
Espanha e ficaram logo maravilhados com a água. Sorte a deles que não apanharam
a água fria do mediterrâneo!
Finalmente começámos a aproveitar as praias espanholas.
Acedemos a esta praia descendo uma estrada de terra batida que está junto a um
restaurante onde podemos estacionar. Pernoitámos 3 dias neste local, dois de qualidade
sem vento e um mais fraco porque levantou-se o vento.
A noite era muito agradável com
imensos restaurantes localizados em ruelas pitorescas e decorados de forma pouco comum. Havia também insufláveis para os miúdos, animação de rua e diversas
barracas com artesanato.
Prosseguimos até Cadiz que é uma das cidades portuárias mais
antigas da Europa. Durante a manhã o Alex ficou entregue ao amigo
autocaravanista que ficou a fazer praia na playa de la Victoria que é uma
imensa praia com 3 Km e que é considerada das maiores de Espanha. Aproveitámos
para conhecer alguma coisa da cidade de bicicleta. Aliás, esta cidade é muito
difícil de visitar a pé dadas as longas distâncias entre os locais de
interesse. Percorremos então o passeio marítimo de bicicleta sempre a ver bela
vista que nos levou à praia de La Caleta onde se filmou as cenas do filme
James Bond 007 (morre outro dia). Esta praia situa-se entre os castelos de
Santa Catalina e San Sebastián.
No final do passeio marítimo passámos pelo belíssimo Jardim
Celestino com diversas plantas exóticas, árvores gigantes e arbustos cortados
de modo original.
Daqui partimos para a cidade velha que se caracteriza pela
antiguidade dos seus bairros. Bairros estreitos muito pitorescos, cheios de comércio,
engraçados para percorrer a pé com calma. A Catedral de Cadiz foi uma desilusão,
pois estava em obras e encontrava-se em muito mau estado.
A tarde foi para aproveitar a praia. Cadiz ao estar rodeada
por mar, permite visualizar um reflexo do Sol sobre a água que lhe dá um
aspecto muito bonito com uma tonalidade prateada.
No dia
seguinte fomos até ao Puerto de Santa Maria a cerca de 20Km de Cadiz. Aqui a
praia é calma sem ondas, muito boa para crianças pequenas, mas como eu gosto de
ondas é menos boa para mim apesar da água estar bastante quente. Aqui aproveitei
para fazer alguma ginástica matinal e aprender uns passos de flamengo com uma senhora que deveria ter com
certeza no mínimo mais trinta anos que eu, foi muito divertido.
Tivemos azar porque apanhámos um final do dia
muito ventoso.
À noite o Centro de Santa Maria é um local
dinâmico muito agradável para visitar.
Por fim ficou Chiclana de La Frontera onde fizemos praia em La Barrosa, em
Sancti Pietri, na região de Cadiz.
O nome de la Barrosa vem por causa do barro que surge da argila da praia,
vimos inclusivamente muitos veraneantes cobertos de argila que se retirava das
rochas.
La Barrosa é uma praia muito agradável, limpa com águas temperadas pouco
profundas, e com bonitos anoiteceres.
Dela podemos contemplar o Castelo de Santi Petri.
Demos assim por terminada as nossas férias em Espanha e fomos para casa.
Fizemos no total 1840Km.