Ainda em Portugal e chegando a Viana do Castelo visitámos a Basílica de Santa Luzia que é uma igreja situada no alto do monte de Santa Luzia. Esta basílica construída no início do século XX é o ex-libris da cidade de Viana do Castelo e é uma visita obrigatória pela beleza da igreja e pela vista deslumbrante que dali podemos observar sobre o estuário do rio Lima, a cidade e o mar.
Em Vila Nova da Cerveira fomos até ao Miradouro do Cervo localizado no topo do monte do Castro. Este miradouro é o ponto mais alto do concelho, e nele encontra-se o Cervo (veado) – o símbolo de Vila Nova de Cerveira. Apesar de estar situado a apenas 300m de altitude, a paisagem surpreende pela sua espectacularidade e beleza. As fotografias falam por si só.
É um espaço que convida ao descanso ou a pequenos passeios na serra. Deste miradouro vislumbra-se uma paisagem maravilhosa, com a vila de Cerveira e o rio Minho em todo o seu esplendor, sendo com certeza um local escolhido por muitos para desfrutar da natureza.
A primeira paragem em Espanha foi no monte de Santa Tecla (Tegra para os espanhóis), em Guarda (Pontevedra, Espanha) onde encontrámos um povoado celta identificado pelo que resta de construções em pedra, na sua maioria de forma circular. Esta povoação foi construída na idade do ferro e ocupa uma grande extensão de território, em diferentes locais do monte. Foi habitada desde 1900 A.C até 68 D.C.
Foi declarado Monumento Histórico-Artístico em 1931.
Para subir o Monte é necessário comprar um passe de circulação na estrada incluída na zona reservada do monte de Santa Tecla. No cume existe, para além da anunciada vista de 360 graus, um museu, restaurante e lojas de recordações.
Assim que chegamos ao cume do monte de Santa Tecla podemos admirar uma vista panorâmica espectacular sobre a foz do Rio Minho e para o imenso oceano Atlântico.
Prosseguimos até à ilha de La Toja.
Nesta ilha visitámos a Capela de San Caralampio ou também chamada Capela das Conchas. Esta igreja é engraçada porque está totalmente revestida por conchas verdadeiras e onde todos podem fazer um registo da sua passagem, escrevendo nestas conchas.
Ainda nesse dia fomos visitar o cabo de Finisterra situado no concelho de Fisterra, província de Corunha, na Galiza (Espanha), e constituindo uma península de 3km de comprimento. Este cabo é por um lado um dos pontos mais ocidentais da península ibérica (o ponto mais ocidental é o Cabo da Roca, em Portugal). Por outro, é o quilómetro zero do Caminho de Santiago. Tem uma altura de 600m. A partir do Cabo Finisterra temos uma vista privilegiada sobre o Atlântico e sobre a baía de Finisterra.
É um local por norma muitíssimo ventoso, de tal forma que em determinados locais é preciso ter muita força para nos conseguirmos manter em pé (Ver foto abaixo).
O destino seguinte foi a cidade de Santiago de Compostela a fim de visitarmos a sua famosa Catedral que é um grande centro de peregrinação. Fomos à missa das 12h com o objectivo de assistir ao ritual do Botafumeiro (ritual antigo criado para disfarçar o cheiro dos peregrinos e que consiste num enorme recipiente com incenso que percorre a catedral deixando aroma no ar), no entanto tivemos azar porque este ritual não é realizado na semana santa.
A catedral da igreja é sem dúvida muito bonita por dentro mas embora tenha uma fachada exterior trabalhada de forma muito artística, desiludiu-me o facto de estar tão mal estimada. Necessita sem dúvida duma boa limpeza para enriquecer o seu encanto.
No município de Outeiro de Rei (Lugo) encontramos um local curioso denominado “Penas de Rodas”.
Neste local existem umas enormes pedras de granito quase esféricas que assentam sobre bases muito pequenas e que parece que estão quase a cair desafiando as leis da gravidade e do tempo.
A origem deste tipo de formações deve-se à acção bioquímica da água sobre a pedra granítica.
É um local muito agradável para fazer um pic nic porque para além deste monumento natural, tem uma envolvente recreativa muito agradável.
A próxima paragem foi na praia das Catedrais em Ribadeo, que é no meu ponto de vista um local que vale mesmo a pena visitar por ser uma maravilha da natureza, dadas as belas formas esculpidas pelo mar nas rochas. O seu nome está relacionado com o aspecto das suas rochas que se parecem com catedrais.
Para vermos melhor esta praia temos que visitá-la em época de maré baixa, caso contrário não conseguimos passear pela areia e ver a beleza das formações rochosas. Os rochedos têm mais de 30m de altura e apresentam um aspecto espectacular com arcos em fila, grutas, enormes colunas e desfiladeiros.
Paisagem a caminho de Astorga.
Em seguida parámos em Astorga a fim de visitar o magnífico Palácio Episcopal de Astorga, obra do arquitecto António Gaudí.
Junto do palácio encontra-se uma imponente catedral (Catedral de Astorga), formando ambos um belíssimo conjunto arquitectónico.
Infelizmente no dia em que visitámos era feriado em Astorga e o palácio não estava aberto ao público, porém vale a pena visitar apenas pelo exterior que é absolutamente deslumbrante.
Próximo da cidade de Ponferrada fomos visitar Las Medulas que era a mais importante mina de ouro durante o império romano. Las Medulas foram nomeadas pela Unesco desde 1997 Património da Humanidade. É um local com um cenário raro que não estamos habituados a ver, onde se conjugam os locais sem vegetação resultado da exploração mineira, com os locais já com vegetação que foram ganhando terreno ao longo dos anos. É também incrível de ver os imensos e enormes castanheiros com formas muito peculiares, ao longo de todo o percurso de Las Medulas.
De regresso a Portugal e a caminho de Chaves decidimos ir ver a famosa pedra bolideira que está localizada na Bolideira que fica a 18Km de Chaves e pertence à freguesia de Bobadela . Esta pedra é considerada um monumento nacional e é muito famosa porque embora pese muitas toneladas qualquer pessoa a consegue fazer mexer.
À primeira vista não é fácil observar que ela mexe, e por isso colocaram-lhe um pauzinho aplicado estrategicamente, que olhando para ele com atenção, nos permite constatar o movimento da pedra quando sobre ela fazemos pressão.
E depois de fazermos uma curta visita a Chaves e Braga demos por concluída a nossa viagem e fomos até casa.
Fizemos no total 2460Km.
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