domingo, 18 de junho de 2017

HOLANDA


A 20 de Abril de 2017 voámos até à Holanda.
Nunca até então tivemos uma viagem tão atribulada e com tantos contratempos.
Já chegámos às 00h30m a Amesterdão e como perdemos o transfere do aeroporto até ao hotel, tivemos que chamar um táxi que nos custou 64€ por 10min de percurso!
Na sexta dia 21 de Abril voltámos a Amesterdão (já com o transfere do hotel) para irmos levantar o carro que tínhamos alugado pela Rentalcar. Estava na altura com bastante receio da reserva, porque resultado dos vários contratempos, tivemos que alterar a reserva do carro 4 vezes, mas admito que nesta primeira experiência com esta companhia, fiquei muito satisfeita com o serviço.
Partimos em direcção a Keukenhof que é conhecido como o maior Jardim de flores da europa e um dos maiores do mundo, mas infelizmente dura apenas 8 semanas, de Março a Maio. É um espectáculo de formas e cores lindo de se ver. São 800 variedades de tulipas, narcisos e jacintos conjugados para nos surpreender.
Andámos por lá 4 horas bem passadas. O tempo estava agradável e era tudo tão maravilhoso que só apetecia tirar fotografias. As fotos falam por si.










































Ao fim do dia fomos até Noordwijkerhout, onde estavam estacionados os carros alegóricos que iriam desfilar no dia a seguir num percurso de 47Km pela Holanda. 
Os carros estavam lindos, completamente cobertos de flores de todas as cores que se conjugavam para fazer diversas figuras.

Nesta terra também haveria nesse dia o desfile noturno, mas como o dia já ia longo e cansativo decidimos sair mais cedo, para fugirmos ao trânsito.
























Arrancámos até Kinderdijk onde estão localizados 19 moinhos. Estes moinhos foram construídos em 1740, como parte de um sistema de controlo de água que evitava enchentes. Agora são um símbolo do controle de água dos holandeses e foi reconhecido como património da humanidade pela Unesco em 1997. O caminho para lá chegar não correu muito bem, porque nos enganámos várias vezes. As estradas não estão bem sinalizadas e o nome das terras têm as mesmas terminações que levam a confusões.
Quando já estávamos mesmo próximo do local, percebemos que estávamos do outro lado do rio e tivemos que atravessá-lo de carro para chegar ao destino. Pagámos 5€ pela travessia e mais 5€ pelo estacionamento, para irmos ver uns moinhos muito publicitados nos roteiros turísticos, mas que não achámos que valessem a pena a distância percorrida, nem os enganos tidos.

Estava imenso frio e vento, pagava-se 8€ para entrar dentro dum moinho transformado em museu, optámos por não entrar e fomos diretos para Amesterdão.

Pelo caminho tentámos ver o castelo Muiderslot, um dos mais bonitos da Holanda, mas já estava fechado e nem sequer deu para ver a sua frente.




Para finalizar o dia fomos até Amesterdão dar um passeio noturno para vermos a cidade iluminada à noite. Passeámos pela Red Light District ou Rua Vermelha onde existem diversas montras com bonitas mulheres no interior das vitrines, semi-nuas a provocarem os transeuntes para ganharem mais um cliente, que são atendidos ali mesmo, com as cortinas fechadas.

É proibido tirar fotos mas eu fi-lo e recebi um esguicho de água por causa disso.
Havia centenas de pessoas pelas ruas e a dimensão da Rua Vermelha é enorme. Durante o passeio vimos imensas sex shops e diversos cafés onde se vende droga.



Amesterdão é uma cidade onde todos os pontos turísticos ficam muito próximos com a vantagem de anoitecer às 9h da noite. As ruas são todas muito parecidas, mas muito charmosas com imensos canais, pontes, árvores e muitas, mas mesmo muitas bicicletas. Curiosamente os holandeses têm tantas bicicletas como nº de pessoas e não são nada vaidosos com elas, porque vi centenas de bicicletas velhas.

Continuámos até à Praça Adam onde havia uma festa temporária e onde acabámos por comer uns cachorros.





No dia seguinte fomos novamente até Amesterdão, estacionamos sem dificuldade perto do Park Hotel e como era Domingo não se pagava parque de estacionamento.
Já com bilhetes comprados pela internet, fomos fazer um cruzeiro pela cidade na companhia Blue Boat. Quando estávamos dentro do barco, deram-nos uns fones que nos permitiram ouvir em português a descrição do que íamos vendo. O cruzeiro durou cerca de 1h e foi engraçado andar pelos canais da cidade e ver várias casas aquáticas ancoradas na margem dos rios como se fossem barcos.










Depois do passeio almoçámos numa pizzaria e fomos passear pela cidade.




Chegámos ao Museu Plein, que é uma grande praça com um lago no centro e com uma enorme concentração de bicicletas.  A praça é bonita, mas o que faz mais sucesso é o “I Amsterdam” em letras gigantes onde todos os turistas querem tirar uma foto e eu não fui excepção.






Seguimos até ao mercado de flores flutuante Bloemenmarkt.




Passámos pelo museu Madame Tusseau e Replys Believe it or not,  mas não entrámos, porque já os tínhamos visitado em Londres 5 meses antes. Recomendo a visita a ambos, mas os preços são mais acessíveis com bilhetes comprados pela internet.







No fim do dia, já com as pernas cansadas, decidimos ir dar uma volta de carro e conhecer a costa Holandesa em Noordwijk , onde estava estacionado um dos carros alegóricos que tinham desfilado no dia anterior. Procurámos algum local onde pudéssemos petiscar mas a Holanda não é nada parecida com Portugal. O conceito de bifanas / frango assado ou outros petiscos não existe, ou pelo menos não existe como em Portugal, pois fizemos 900km e raramente vimos cafés e churrasqueiras nunca vimos. Mesmo supermercados de grandes dimensões não vimos e havia muito poucas publicidades sobre algum espaço comercial.
A conclusão que chegámos é que no que respeita a gastronomia os Holandeses em Portugal, sentem-se réis com certeza.





Na segunda-feira o dia amanheceu chuvoso.

Arrancámos cedo em direção à Flora Holland que fica em Aalsmeer a 10min de carro de Amesterdão.  Foi muito interessante a visita e apesar de pagarmos 6€/pessoa recomendo.
Tem uma área equivalente a 220 campos de futebol, onde são transaccionadas por dia 34,5 milhões de flores e com cerca de 20000 variedades de flores e plantas. Para visitar é preciso acordar cedo, pois só está aberto das 7h às 11h e quanto mais cedo se chegar mais se vê.
Desde uma plataforma alta, percorremos o interior deste gigantesco recinto, vendo lá de cima os leilões de flores e o movimento de carros em trânsito caótico e sem chocar. O leilão funciona de modo automático e pela internet. Num ecran aparece um valor elevado com a informação das características do produto e depois o preço vai descendo e quem carregar no botão fica com a peça. Vi várias tulipas a serem compradas por 10/15/20 cêntimos o pé! Uma verdadeira Wall Street especializada em floricultura.



Prosseguimos para Norte, em direção a Marken que gostaria de ter conhecido, mas quando estávamos a chegar, começou a chover mais e optámos por não visitar, pois é uma aldeia típica que não permite a circulação de carros.

Já na hora do almoço, decidimos ir procurar um restaurante típico holandês. Recomendaram-nos um restaurante perto de Volendam, onde comemos bem mas nada de especial. A média de preço foi de 20€/pessoa, mas a quantidade no prato era reduzida.





Continuámos caminho até chegar a Afsluitdikk, que é um dique gigante (o maior da Holanda) que liga o norte da Holanda com a grande província de Frísia. Tem 32Km de comprimento e 90m de largura, situando-se a 7m acima do nível do mar. É actualmente uma auto-estrada de duas faixas e claro que também tem uma faixa para bicicletas paralela à auto-estrada.




A partir daqui fomos descendo, passando por vários campos de tulipas de várias cores.



No fim do dia passámos por Zaanse Schans. Foi pena termos chegado tão tarde, porque o local é muito bonito e vale a pena andar por lá a passear pelas ruelas com casinhas típicas, mas que já estavam fechadas quando chegámos.







Na Terça-feira deixámos o hotel cedo e tivemos que pagar 60€ de taxa da cidade (Amesterdão cobra 5,5% a todos os visitantes que fiquem num hotel, apartamento ou estalagem).


Algumas curiosidades sobre a Holanda:

Durante a 2ª guerra mundial 100000 judeus holandeses foram presos e levados para campos de concentração nazistas na Alemanha e destes só sobreviveram 876 judeus.

Um museu que gostaria de ter visitado mas não o fizemos por falta de tempo, foi o museu de Anne Frank. Li o livro de Anne Frank quando tinha 13 anos e nunca mais me saiu da cabeça. Ela era uma menina judia que passou 2 anos escondida num anexo secreto da sua casa quando os alemães ocuparam os países baixos. Durante esse tempo ela foi escrevendo um diário sobre o que fazia, o que comia, o que sentia... Em 1944 a família foi descoberta e deportada acabando por morrer num campo de concentração.

Holanda é um país muito plano e praticamente não possui montanhas, o ponto mais alto está a 323m, daí a designação de países baixos. 60% da população vive abaixo da linha do mar. Tem um sofisticado sistema de pólderes (terrenos conquistados ao mar) e diques que permitiu recuperar e preservar terras que são agora terrenos agrícolas. Há inclusivamente um ditado que diz ”Deus criou o mundo e os holandeses a Holanda”.

É um dos países mais densamente povoados do mundo e metade da população vive em torno de 3 cidades (Amesterdão; Haia e Roterdão).

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